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Morreu José Eduardo dos Santos, o homem que queria “ser recordado como um bom patriota”

Morreu José Eduardo dos Santos, o homem que queria “ser recordado como um bom patriota”
Siphiwe Sibeko

Morreu um dos chefes de Estado com maior longevidade do mundo. Falta saber que tipo de memória vai Angola querer preservar do estadista que lhe moldou os destinos ao longo de 38 anos: o herói pós-independência que pôs fim a 27 anos de guerra civil ou o cleptocrata que promoveu o nepotismo e o benefício ilícito das elites?

José Eduardo dos Santos morreu esta sexta-feira, anunciou a Presidência da República angolana através da rede social Facebook. Desaparece, a meses de fazer 80 anos, o homem que maior marca imprimiu à Angola independente, de que foi Presidente da República entre 1979 e 2017. Pouco antes de ter regressado às notícias de última hora, quando deu entrada, a 24 de junho, na unidade de cuidados intensivos da clínica de Barcelona onde nos últimos anos tinha vindo a receber tratamento oncológico, o antigo chefe de Estado era uma sombra do estadista do passado. Segundo confidenciou um familiar ao Expresso, chegou a pesar apenas 48 quilos e falava-se num quadro de depressão.

Eduardo dos Santos era o único ex-Presidente de Angola vivo, tendo sucedido a Agostinho Neto em 1979 (após um período de 11 dias em que a governação foi atribuída interinamente a Lúcio Lara), e liderou os destinos do país durante 38 anos.

A sua mulher, Ana Paula Santos, apesar de estarem separados, visitou Eduardo dos Santos na sua residência do bairro de Miramar, em Luanda, devido ao seu estado de saúde. Foi antes de o ex-Presidente ter viajado de urgência para Barcelona. A filha Isabel, atualmente a residir no Dubai, foi a primeira a chegar à cidade espanhola.

João Lourenço, o chefe de Estado angolano que sucedeu a José Eduardo dos Santos, interessou-se pelo seu estado de saúde, apesar do fosso que se foi ampliando entre os dois políticos.

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