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Ex-soldados alemães acusados de tentarem formar unidade mercenária para atuar no Iémen - iam pagar €40 mil/mês

Iémen
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AHMAD AL-BASHA

Unidade paramilitar teria 100 a 150 homens. Os dois antigos soldados agora presos planeavam colocar-se ao serviço da Arábia Saudita tinham consciência de que a sua ação implicava que civis “fossem mortos ou feridos”

Ex-soldados alemães acusados de tentarem formar unidade mercenária para atuar no Iémen - iam pagar €40 mil/mês

Mafalda Ganhão

Jornalista

Dois ex-soldados alemães foram presos esta quarta-feira sob a acusação de tentarem formar uma “organização terrorista” para intervir na guerra civil do Iémen.

O anúncio foi feito pela justiça alemã, segundo a qual os antigos militares – que a BBC identifica como Arend-Adolf G e Achim A – “preparavam a criação de uma unidade paramilitar de 100 a 150 homens” composta por antigos polícias e soldados.

A intenção era conseguir financiamento do governo da Arábia Saudita, país a que disponibilizariam a unidade para missões ilegais no Iémen. Segundo um comunicado da Procuradoria de Karlsruhe, no estado federal de Baden-Württemberg, os acusados comandariam a força mercenária, planeando pagar a cada elemento recrutado um salário de cerca de 40 mil euros por mês.

De acordo com a Procuradoria, a unidade formada deveria atacar e capturar áreas mantidas pelos rebeldes houthi, tendo os ex-militares consciência de que a sua ação implicava que civis “fossem mortos ou feridos”. A justiça suspeita também de que o serviço viesse a ser disponibilizado para intervenção noutros conflitos.

Um dos acusados teria já iniciado o processo de recrutamento de mercenários, tendo contactado pelo menos sete pessoas.

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