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'Polexit' discutido no Parlamento Europeu: primeiro-ministro polaco tinha cinco minutos mas falou 33. Convenceu ou antagonizou mais?

Mateusz Morawiecki no Parlamento Europeu depois da decisão do TC polaco em dar primazia à Constituição da Polónia sobre toda a lei europeia
Mateusz Morawiecki no Parlamento Europeu depois da decisão do TC polaco em dar primazia à Constituição da Polónia sobre toda a lei europeia
RONALD WITTEK/Getty Images

Não lhe faltaram aplausos das bancadas mais conservadoras nem palavras de encorajamento para o motivar na sua luta pela "soberania polaca", mas Mateusz Morawiecki, primeiro-ministro polaco, não saiu do Parlamento Europeu com uma vitória esta terça-feira. Muitos eurodeputados pediram à Comissão que não espere mais e comece já a impor consequências ao Governo de Morawiecki pelo que dizem ser um desrespeito pelas leis e regras da União Europeia

'Polexit' discutido no Parlamento Europeu: primeiro-ministro polaco tinha cinco minutos mas falou 33. Convenceu ou antagonizou mais?

Ana França

Jornalista da secção Internacional

'Polexit' discutido no Parlamento Europeu: primeiro-ministro polaco tinha cinco minutos mas falou 33. Convenceu ou antagonizou mais?

Susana Frexes

Correspondente em Bruxelas

A fórmula da oratória já tinha sido testada e vinha estudada de combates anteriores: um passeio pelos tempos negros do comunismo, a evocação de alguns mitos fundadores e uma pitada de ameaças mais ou menos veladas aos países que desrespeitam as regras da União Europeia (UE).

Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, tentou assim mostrar a quem, na Polónia, pudesse estar a assistir à sessão desta terça-feira no Parlamento Europeu, que a UE não vai desistir de pressionar a Polónia a recuar pelo veredito-bomba emitido pelo seu Tribunal Constitucional (TC), a 7 de outubro, que deu à Constituição polaca supremacia sobre a lei comunitária e pôs em causa a aplicação do direito europeu na Polónia.

“Em 1981, os comunistas impuseram a Lei Marcial na Polónia. Muitos membros do sindicato Solidariedade foram presos. As pessoas queriam democracia, queriam liberdade para escolher o seu Governo, queriam uma imprensa livre, o fim da corrupção e uma justiça independente que pudesse proteger os seus direitos”, começou von der Leyen, trazendo do passado o tema que esta terça-feira esteve no centro da discussão: a independência da Justiça na Polónia.

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