Regime angolano tenta matar na Justiça a nova frente opositora encabeçada pela UNITA

Três forças anti-MPLA tentam unir forças para facilitar a alternância democrática. Travão judicial pode acabar por reforçar o descontentamento popular
Três forças anti-MPLA tentam unir forças para facilitar a alternância democrática. Travão judicial pode acabar por reforçar o descontentamento popular
Correspondente em Luanda
Esta quarta-feira, dia em que foi proclamada a formação da Frente Patriótica Unida, coligação que junta a UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola, maior força da oposição), o partido PRA-JA (chefiado por Abel Chivukuvuku, ex-dirigente da UNITA que saiu e 2012 para fundar o CASA-CE e, em 2019, o PRA-JA) e o Bloco Democrático (BD), o regime angolano pôs em marcha uma velha pretensão: uma decisão do Tribunal Constitucional ditou a anulação do último Congresso da UNITA, no qual Adalberto da Costa Júnior foi eleito líder.
Ignorando a ameaça, a oposição escolheu o próprio Costa Júnior como chefe da coligação. Este fala do novo projeto como movimento “restaurador da esperança” num país “sacudido pelo desespero, desconfiança e contínua degradação económica”, necessitado de um “pacto de transição pré e pós-eleitoral”.
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