Em entrevista ao Expresso, de que a edição impressa publicou outra parte, Ari Fleischer, secretário de Imprensa da Casa Branca durante a presidência de George W. Bush, compara a América do 11 de setembro à de hoje. A unidade degenerou em tribalismo e até repulsa pela classe governante, que, há cerca de 20 anos, batia recordes de popularidade.
Segundo este republicano, Trump é o líder da nova era, marcada também pelo “terrível” cenário televisivo. “Em vez de informarem, optam pela propaganda política, escolhendo um dos lados. O povo americano está frustrado há muito tempo porque não sabe onde encontrar informação pura, despida de opinião e partidarismo.”
Refere-se ao 11 de setembro como um dos momentos de maior humanismo e patriotismo. Que motivou essa reação?
A nossa História, as experiências comuns, o profundo sentimento de liberdade, que gera a ideia de que somos fortes não porque somos totalitários, mas porque vivemos em liberdade imbuídos no espírito individualista. Quando salvámos o mundo, duas vezes no século passado, e o reconstruímos em seguida não o fizemos com base na ganância, mas por benevolência. Somos o país que a maioria dos imigrantes de todo o mundo deseja como pátria. Não será que isso diz tudo sobre a América? Apesar de todas as falhas, milhões e milhões de pessoas desejam viver aqui.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: correspondenteusa@expresso.impresa.pt