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Os talibãs tomaram o poder em Cabul. Será o regresso à barbárie? Esta é uma de cinco perguntas que se impõem

Combatentes talibãs, esta segunda-feira, em Cabul
Combatentes talibãs, esta segunda-feira, em Cabul
WAKIL KOHSAR / AFP / GETTY IMAGES

A tomada do poder pelos talibãs era inevitável? O que se segue agora? Uma guerra aberta? O regresso à crueldade da década de 90, com as mulheres fechadas em casa? Numa altura em que sobram interrogações e inquietações sobre o futuro imediato do Afeganistão, há leituras do passado e do presente que fazem sentido às primeiras horas do novo poder em Cabul

Margarida Mota

Jornalista

1. A TOMADA DO PODER PELOS TALIBÃS IMPLICA O REGRESSO À INTOLERÂNCIA CRUEL DOS ANOS 90?

Não necessariamente. Há diferenças substanciais entre a forma como os talibãs tomaram o poder das duas vezes, que deixam antever posturas diferentes. Em 1996, os talibãs tomaram a capital afegã num contexto de guerra. Cercaram a Cabul durante meses e fustigaram-na com intensos lançamentos de foguetes. Desta vez, avançaram sem violência e sem resistência.

No primeiro comunicado que emitiram, a partir do Qatar, onde está sediada a liderança política talibã, fizeram algumas garantias impensáveis da primeira que vez que foram Governo. Nomeadamente, dizem que irão conferir às mulheres a possibilidade de estudarem e trabalharem desde que usem o hijab (que cobre apenas a cabeça, ao contrário da burqa, que cobre todo o corpo).

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