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Internacional

Luanda, 4 de fevereiro de 1961. O primeiro dia do fim do império colonial português

Cândido Sales vê a lista dos colegas da ex-companhia da PSP. Confraternizam de vez em quando. São visíveis os sulcos das catanadas na cabeça de Sales. A mão direita ficou paralisada para sempre
Cândido Sales vê a lista dos colegas da ex-companhia da PSP. Confraternizam de vez em quando. São visíveis os sulcos das catanadas na cabeça de Sales. A mão direita ficou paralisada para sempre
Rui Duarte Silva

Em 4 de fevereiro de 1961, cadeias e esquadras foram atacadas em Luanda. Era o começo da guerra colonial. Há dez anos, quando se assinava meio século sobre aquela data, o Expresso falou com os protagonistas da História. Este artigo, que agora reproduzimos, foi publicado na revista do Expresso de 5 de fevereiro de 2011

Paulo Gaião

Estamos em Luanda, ao alvorecer do dia 4 de fevereiro de 1961. Duas centenas de revoltosos africanos atacam a 4ª Esquadra da PSP, a Casa de Reclusão Militar e a Cadeia de São Paulo, com o objetivo de libertarem presos políticos.

Os insurrectos estão armados apenas com catanas e armas de fogo rudimentares, mas atacam em força. O guarda Cândido Sales, atingido por sucessivos golpes esvai-se em sangue e chega a ser dado como morto. O seu colega Manuel Borrego Maioral salva o chefe Neves de ser trucidado. Sertório Catarino não morreu porque tinha trocado a escala com o seu amigo Manuel Brás Ferreira, um dos seis polícias mortos nos confrontos. Foram os primeiros a tombar na guerra. Ainda que na altura isso não fosse percetível, começava aqui o fim do império colonial português.

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