
Protesto popular e reação policial abalaram o país e aumentaram contestação ao Governo de João Lourenço. Desigualdades económicas e sociais estarão na base dos tumultos
Protesto popular e reação policial abalaram o país e aumentaram contestação ao Governo de João Lourenço. Desigualdades económicas e sociais estarão na base dos tumultos
Correspondente em Luanda
“Somos semelhantes a um sino rachado cuja música não se ouve.” O gelo destas palavras do bispo de Luena, D. Tirso Blanco, ilustra a dor e o sentimento de revolta provocados pelo assassínio de sete ativistas, no passado fim de semana, na província da Lunda-Norte. Há ainda um número indeterminado de pessoas feridas e desaparecidas.
Angola permanece em estado de choque, 48 horas após a eclosão de uma rebelião protagonizada pelo chamado Movimento do Protetorado Lunda Tchokwe, na zona diamantífera do Cafunfo, no leste do país. O caudal de mortes e o rasto de violação dos direitos humanos que se lhe seguiu — com manifestações de condenação geral da sociedade civil em ano de pré-campanha eleitoral — estão a causar sérios danos à imagem do Governo e à política de abertura e de diálogo defendido pelo Presidente João Lourenço.
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