A nova vice-Presidente dos Estados Unidos construiu a sua carreira como procuradora. A natureza histórica da sua eleição traz desafios de outra natureza
A imagem que muitos americanos conservam de Kamala Harris, agora vice-Presidente dos Estados Unidos, é a de uma mulher que faz perguntas. Perguntas não raro duras, feitas num ritmo impiedoso, que às vezes pode deixar sem fôlego a testemunha (as cenas em questão provêm de audiências na Comissão dos Assuntos Judiciários do Senado, onde ela era um dos membros e questionou nomeados de Trump, como o secretário da Justiça Jeff Sessions e o juiz Brett Kavanaugh).
Eleita para o senado em 2017, Harris tornou-se um dos senadores democratas mais detestados pelo então Presidente, que lhe chamou "nasty" (desagradável, num sentido maldoso) e acusou o idoso Joe Biden de ter escolhido como candidata à vice-presidência uma perigosa esquerdista que se tornaria o verdadeiro poder nos bastidores, e que provavelmente substituiria Biden se este tivesse um problema de saúde durante o seu mandato.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt