Tempo escasseia para um acordo que não trará benefícios económicos imediatos. Objetivo é manter diálogo
Faltam sete semanas para o Reino Unido deixar de estar sob as regras do mercado único da União Europeia (UE) e as negociações continuam presas a dois problemas: quotas de pesca para barcos europeus em águas britânicas e a necessidade de estabelecer regras relativas à concorrência industrial, que Londres não parece disposta a assinar. Tem sido assim desde o início do ano. O país saiu da UE a 31 de janeiro e as mesmas duas batalhas parecem manter-se insolúveis.
“É verdade que ainda não resolvemos esses dois problemas, mas ambos os lados querem um acordo e todos vão ter de ceder: a UE vai ter de aceitar que terá menos milhas de pesca dentro das águas territoriais do Reino Unido. Por outro lado, o Reino Unido terá de aceitar que as regras de ajuda às empresas sejam vigiadas de muito perto pela UE”, diz ao Expresso o analista Matt Bevington, do grupo de académicos UK in a Changing Europe, especializado nas mudanças impostas pelo ‘Brexit’.
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