Uma pessoa morreu e várias pessoas ficaram feridas esta segunda-feira na sequência de um ataque ocorrido cerca das 20h (19h em Lisboa) na zona central de Viena, Áustria. No Twitter, a polícia municipal refere seis suspeitos armados - um deles foi abatido - e a existência de trocas de tiros em seis locais da cidade. Um polícia foi baleado.
O ministério do Interior, citado pela agência de notícias austríaca APA, fala em "ataque terrorista". "Estamos a assumir, neste momento, que há vários atacantes. Infelizmente, também há vários feridos, e provavelmente mortos", disse o ministro, Karl Nehammer.
Numa conferência de imprensa realizada há minutos, afirmou que a operação policial "ainda está em curso" e que os atacantes "estão fortemente armados e são perigosos".
Sebastian Kurz, chanceler austríaco, descreveu o incidente da mesma forma, isto é, como um "ataque terrorista horrível".
As autoridades pedem que as pessoas evitem todos os locais públicos da cidade e que não usem os transportes públicos. É pedido ainda que não partilhem qualquer foto ou vídeo nas redes sociais.
Segundo a Sky News, o líder da comunidade judaica em Viena, Oskar Deutsch, adiantou que o tiroteio ocorreu na rua onde fica a principal sinagoga da cidade, não sendo claro se o espaço de culto - que estava fechado - foi o alvo.
O "New York Times" fala em pelo menos 15 pessoas feridas, citando um porta-voz da associação que representa os hospitais locais.
Relatos não oficialmente confirmados referem tiros ouvidos também junto ao hotel Hilton e uma situação de reféns num restaurante japonês. Devido à situação, a polícia checa anunciou estar a fazer "controlos aleatórios" na fronteira com a Áustria.
"A polícia está a controlar veículos e passageiros nos pontos de fronteira com a Áustria, uma medida preventiva após o ataque terrorista em Viena", explicou a policia da República Checa no Twitter, acrescentando estar também a vigiar "os principais locais judaicos na República Checa" - medida que, esclareceu, não terá em conta "apenas a situação" no país vizinho.
Emmanuel Macron, Presidente francês, pronunciou-se sobre o sucedido no Twitter, afirmando que a Europa "não se deve render". "Nós, os franceses, partilhamos o choque e a dor da população austríaca, afetada por um ataque ocorrido no centro da sua capital, Viena. Depois de França, é a vez de um [país] nosso amigo ser atacado. Esta é a nossa Europa. Os nossos inimigos têm de saber com quem estão a lidar", lê-se na mensagem.
Também o primeiro-ministro italiano já comentou a situação, afirmando, citado pela AP, "que não há lugar para o ódio" na Europa. Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, afirmou no Twitter que toda a Europa "condena fortemente este ato cobarde" e o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão escreveu, na mesma rede social, "que não podemos ceder ao ódio que tem como objetivo dividir as nossas sociedades".
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