Internacional

Bielorrússia. Oposição apela a mais manifestações após posse 'secreta' de Lukashenko

Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko
Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko
ANDREI STASEVICH/EPA

A cerimónia aconteceu no Palácio da Independência de Minsk e contou com a presença de parlamentares e outras autoridades do país

A oposição da Bielorrússia apelou aos protestos por tempo indeterminado após o Presidente, Alexandr Lukashenko, ter assumido esta quarta-feira o seu sexto mandato, numa cerimónia de investidura não anunciada e apesar dos protestos contestando a sua eleição.

"Nunca aceitaremos as fraudes e exigimos novas eleições", disse Pavel Latushko, um dos líderes da oposição bielorrussa, numa mensagem publicada na rede social Telegram.

Latushko, ex-Ministro da Cultura e membro do conselho de coordenação para a transferência pacífica do poder na Bielorrússia (entidade criada pela oposição), acrescentou que esta plataforma da oposição apela a todos a "uma ação de desobediência indefinida".

O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, que enfrenta um movimento de protesto sem precedentes no país, foi empossado hoje para um sexto mandato numa cerimónia não anunciada, divulgou a agência de notícias estatal Belta.

A cerimónia aconteceu no Palácio da Independência de Minsk e contou com a presença de parlamentares e outras autoridades do país.

Segundo dados oficiais, Lukashenko foi reeleito com 80,1% dos votos nas eleições de 9 de agosto, resultado não reconhecido pela oposição ou pelo Ocidente e que desencadeou a maior vaga de protestos da história pós-soviética na Bielorrússia.

A Bielorrússia tem sido palco de várias manifestações desde 09 de agosto, quando Alexander Lukashenko conquistou o sexto mandato presidencial em eleições consideradas fraudulentas pela oposição e parte da comunidade internacional.

Nos primeiros dias de protestos, a polícia deteve cerca de 7.000 pessoas e reprimiu centenas, suscitando protestos internacionais e ameaça de sanções.

Os Estados Unidos, a União Europeia e diversos países vizinhos da Bielorrússia rejeitaram a vitória eleitoral de Lukashenko e condenaram a repressão policial, exortando Minsk a estabelecer diálogo com a oposição.

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