Internacional

Bielorrússia. Guterres exige diálogo e apela a fim da força contra manifestantes

O secretário-geral das Nações Unidas exigiu um diálogo imediato entre os diferentes lados da crise na Bielorrússia e apelou às autoridades para evitarem o uso da força contra os manifestantes pacíficos

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, exigiu esta sexta-feira um diálogo imediato entre os diferentes lados da crise na Bielorrússia e apelou às autoridades para evitarem o uso da força contra os manifestantes pacíficos.

"O secretário-geral sublinha que a atual crise só pode ser resolvida pelo povo bielorrusso através de um diálogo amplo e inclusivo, que deve começar imediatamente no interesse da estabilidade", afirmou, através de uma declaração, Stephane Dukharric, o porta-voz de António Guterres.

O chefe das Nações Unidas "continua profundamente preocupado com a situação na Bielorrússia, em particular com o uso continuado da força contra os manifestantes pacíficos e com a detenção de pessoas que exercem os seus legítimos direitos democráticos", indica a declaração.

António Guterres está também preocupado com relatos de intimidação contra organizações da sociedade civil, meios de comunicação social e elementos da oposição.

"O secretário-geral apela às autoridades para impedirem o uso da força contra os que participam em assembleias pacíficas e para assegurar que as alegações de tortura e outros maus-tratos dos detidos sejam plenamente investigadas e respondidas", afirmou a organização.

A mensagem de António Guterres foi divulgada horas após o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, ter reiterado que não tem qualquer intenção de abandonar o poder, apesar dos fortes protestos registados em agosto.

O Presidente da Bielorrússia, que ganhou as eleições presidenciais a 9 de agosto, com 80,1% dos votos, de acordo com a Comissão Eleitoral Central - resultado considerado fraudulento pela oposição e por uma grande parte da comunidade internacional - também sugeriu a necessidade de a procuradoria ser mais dura face aos protestos de rua.

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