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Internacional

Hong Kong nunca mais será a mesma

As manifestações contra o regime de Pequim não cessam há meses
As manifestações contra o regime de Pequim não cessam há meses
SUSANA VERA/reuters

Repressão Nova lei quer domar território que é há séculos campo de batalha entre Oriente e Ocidente

Catarina Brites Soares

O assunto deixou de ser doméstico. A adoção unilateral, por Pequim, de uma Lei de Segurança Nacional em Hong Kong (ver caixa) deixou a comunidade internacional alarmada. A diplomacia da Europa contrasta com a dos Estados Unidos, mais assertiva. Washington já anunciou que vai abolir as vantagens comerciais concedidas à região após a transferência da soberania do Reino Unido para a China, em 1997, além de outras sanções. O intuito é pressionar um recuo de Pequim, que avisa estar tal propósito condenado ao fracasso. Académicos, juristas e ativistas de Macau e Hong Kong com quem o Expresso falou divergem na análise, mas concordam num ponto: nada será como antes.

“A questão é se o mundo pode dar-se ao luxo de nos entregar à China”, afirma Wilson Leung, fundador do Progressive Lawyers Group em Hong Kong. Este ativista pró-democracia assume que Hong Kong perdeu peso na economia chinesa, mas recorda que grande parte do investimento estrangeiro na China continua a passar pela cidade portuária e principal centro financeiro da Ásia. “A China quer, há anos, fazer de Xangai um centro financeiro e de negócios. Há uma década achavam que em 2020 teriam atingido essa meta, mas até agora nada. Hong Kong tem um sistema sólido e é por isso que continua a ser importante para a China e para o mundo.” A chefe do Gabinete da União Europeia para Hong Kong e Macau, Carmen Cano de Lasala, recusou-se a prestar declarações ao Expresso.

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