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Na Áustria, “a islamofobia tornou-se uma forma dominante de racismo”. Governo diz-se “totalmente empenhado” na luta contra a xenofobia

Pessoas reunidas em protesto contra o Movimento Identitário em Viena, em abril de 2019
Pessoas reunidas em protesto contra o Movimento Identitário em Viena, em abril de 2019
Askin Kiyagan/Anadolu Agency/Getty Images

A avaliação negativa é feita pelo cientista político Farid Hafez, após a divulgação de um relatório da Comissão do Conselho da Europa contra o Racismo e a Intolerância. O documento refere que a xenofobia visa “sobretudo muçulmanos e refugiados” e adverte para uma “subnotificação dos crimes de ódio” no país. “Desde 2015 tem sido implementada cada vez mais discriminação com letra de lei”, sublinha o politólogo ouvido pelo Expresso. O Governo - uma coligação entre conservadores e verdes - garante que vai continuar a defender as fronteiras

Na Áustria, “a islamofobia tornou-se uma forma dominante de racismo”. Governo diz-se “totalmente empenhado” na luta contra a xenofobia

Hélder Gomes

Jornalista

A Comissão do Conselho da Europa contra o Racismo e a Intolerância (ECRI, no acrónimo em inglês) alertou esta terça-feira para “o elevado nível de islamofobia” na Áustria, que se reflete num “discurso público cada vez mais xenófobo”. Num relatório que analisou a situação no país até dezembro do ano passado, aquela instituição escreve que a xenofobia visa “sobretudo muçulmanos e refugiados”, relativamente a quem os políticos adotam “posições hostis e de clivagem”.

O documento aponta ainda uma “subnotificação dos crimes de ódio” e reporta a denúncia persistente do “alegado uso pela polícia de perfis étnicos contra comunidades minoritárias, em particular negras e muçulmanas”. A Áustria adotou mudanças legislativas que introduziram “restrições significativas às medidas a favor da integração, como o reagrupamento familiar e a naturalização”, acrescenta o relatório.

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