Numa altura em que alguns manifestantes se reuniram para protestar em frente à residência oficial do Presidente, Donald Trump foi ao Rose Garden, um dos jardins da Casa Branca, reafirmar a possibilidade de avançar com a força militar para conter os protestos que decorrem em várias cidades norte-americanas na sequência da morte de George Floyd.
“Vou lutar para vos proteger”, disse, dirigindo-se a “todos os americanos”. “Sou o vosso Presidente da ordem e da lei e um aliado de qualquer manifestante pacífico.”
Numa curta declaração aos jornalistas, e sem direito a perguntas, o presidente norte-americano ameaçou recorrer ao exército para travar a revolta popular. “Se as cidades [e os Estados] não aceitarem tomar medidas, vou mobilizar as forças armadas dos EUA e resolver rapidamente o problema”, ameaçou. Para o chefe da Casa Branca, essas medidas implicam uma “presença esmagadora” das autoridades nas ruas.
Esta segunda-feira, Trump já tinha instigado os governadores a endurecerem a repressão, a deterem manifestantes e a prendê-los durante muitos anos — caso contrário, “vão passar por idiotas”.
Lamentando a morte de Floyd às mãos da polícia, Donald Trump virou o discurso para a capital e prometeu tomar medidas “imediatas para parar a violência e restaurar a segurança e proteger a grande capital, Washington, DC”. “O que aconteceu nesta cidade na noite passada foi uma desgraça completa”, afirmou, referindo-se aos protestos e aos confrontos que tomaram as ruas.
A Washington vai chegar um reforço de entre 600 a 800 membros da Guarda Nacional de cinco estados (Delaware, New Jersey, New York, Ohio and Utah). O presidente norte-americano fala em “milhares e milhares de soldados fortemente armados” disponíveis para tomar as ruas.
Em relação à capital dos EUA, Trump disse mais: o toque de recolher obrigatório, pelas 19h, será “rigorosamente cumprido”.
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