10 maio 2020 18:19
Da ascensão à queda, a barafunda política brasileira define-se em superlativos bíblicos. A subida de Sérgio Moro ao teatro político — no auge da Operação Lava Jato, que levou à prisão de quase 200 políticos, empresários e funcionários públicos envolvidos em atos de corrupção que somaram €3 mil milhões — foi estimulada por devotos que primeiro o definiam como superjuíz e depois como superministro, quase um santo.
Depois de, pelo menos, 15 derrotas políticas sem que tivesse apoio ou proteção do Presidente Jair Bolsonaro, em apenas 15 meses de Governo, Moro deixou o cargo de ministro da Justiça. Saiu acusando o antigo aliado de uma série de “atos inapropriados” — abuso de poder, fraude, corrupção passiva e prevaricação, entre outros. Tornou públicas mensagens que trocou com o Presidente para provar que não era um “mentiroso”. Bolsonaro, que um dia anunciara que o ministro da Justiça teria carta branca no cargo, lançou dúvidas sobre o carácter de Moro, alimentou a insídia de que se portava mais como concorrente do que como subordinado e despediu-se do ex-auxiliar chamando-o Judas, o traidor de Cristo.
Este é um artigo exclusivo. Se é assinante clique AQUI para continuar a ler. Para aceder a todos os conteúdos exclusivos do site do Expresso também pode usar o código que está na capa da revista E do Expresso.
Caso ainda não seja assinante, veja aqui as opções e os preços. Assim terá acesso a todos os nossos artigos.