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Moro pode ser candidato do “bolsonarismo sem Bolsonaro” em tempo de pandemia

Nos cemitérios, as valas comuns não param de ser abertas
Nos cemitérios, as valas comuns não param de ser abertas
RAPHAEL ALVES/EPA

Número de mortes não pára de aumentar e o Presidente sobe o tom dos insultos

Na semana em que um estudo da Universidade de São Paulo alerta para mais de um milhão de contagiados por coronavírus no Brasil, quando os números oficiais são de 78 mil casos, a frase que ecoou no mundo foi: “E daí?”, resposta de Jair Bolsonaro quando questionado pelos jornalistas sobre o recorde de mais de cinco mil mortos devido à covid-19. “Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagres”, completou o Presidente do Brasil.

O catedrático de Filosofia Política Renato Lessa diz ao Expresso que “a pandemia fará estragos gigantescos”, mas aponta o dedo ao mal maior: o próprio Presidente (ver caixa). O académico da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro alerta que a pandemia trouxe oportunidades de inovação política, com implicações democráticas. Primeiro, pela revalorização do Estado-providência e da sua principal instituição no Brasil, o Sistema Único de Saúde. De modo mais fundamental, pela emergência de iniciativas de autodefesa popular em favelas e periferias, nas quais a auto-organização tem criado experiências de solidariedade em camadas sociais invisíveis. “É difícil mensurar quanto esses experimentos, como o da favela de Paraisópolis, em São Paulo, poderão afetar positivamente a degradada cultura política brasileira, mas é algo a observar com esperança e o máximo de solidariedade”, acrescenta Lessa.

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