Exclusivo

Internacional

Venezuela transformou-se num quebra-cabeças impossível de resolver

Fuga Milhares de venezuelanos atravessam a fronteira em direção à Colômbia e deixam para trás um país mergulhado numa crise profunda
Fuga Milhares de venezuelanos atravessam a fronteira em direção à Colômbia e deixam para trás um país mergulhado numa crise profunda
SCHNEYDER MENDOZA/AFP via Getty Images

O país atravessa há anos uma crise de dimensões sem precedentes. Milhões de pessoas vivem presas entre a retórica do regime e a dureza da realidade

Aquele que fora o país mais rico da América Latina até à chegada do chavismo esforça-se hoje por sobreviver, esmagado pela realidade, no sétimo ano de uma recessão económica que já lhe devorou dois terços do seu produto interno bruto. Os mesmos anos que Nicolás Maduro leva à frente do governo, disposto a quebrar todos os recordes possíveis: a maior contração da história contemporânea, a maior hiperinflação do século (28 meses seguidos), a pior crise para um país sem guerra, o país mais violento do planeta e os serviços públicos mais arruinados, tudo isto no meio da maior diáspora conhecida, que este ano superará aquela que é protagonizada pelos sírios. Como se possuir nas suas entranhas as maiores reservas de petróleo, minas de ouro, diamantes ou coltan (columbita-tantalita) se tivesse convertido numa maldição.

A repressão e a perseguição política também fazem obrigatoriamente parte deste mesmo cenário humano, são os grilhões necessários para dar cabimento à popular sentença lampedusiana: “Tudo muda para que tudo continue igual.” Forçado pela realidade, pressionado pelas sanções internacionais, e sem esquecer Lampedusa e o seu “O Leopardo”, o chavismo optou por reduzir os controlos impostos à economia desde a chegada de Hugo Chávez ao poder para abraçar um capitalismo ao estilo chinês e a dolarização de facto, iniciada pela própria sociedade face ao desaparecimento do bolívar, a moeda venezuelana, nas ruas.

Este é um artigo exclusivo. Se é assinante clique AQUI para continuar a ler. Para aceder a todos os conteúdos exclusivos do site do Expresso também pode usar o código que está na capa da revista E do Expresso.

Caso ainda não seja assinante, veja aqui as opções e os preços. Assim terá acesso a todos os nossos artigos.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate