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Estados Unidos enviam mais 3.500 militares para o Médio Oriente

Estados Unidos enviam mais 3.500 militares para o Médio Oriente
John Moore/Getty

Soldados somam-se aos outros cerca de 700 já enviados para o Koweit no início desta semana, após a invasão do complexo da embaixada dos EUA em Bagdade

Os EUA preparam-se para fazer chegar ao Médio Oriente um total de mais 3.500 militares, reforço a caminho após a morte do general iraniano Qasem Soleimani há menos de 24 horas, escreve a CNBC, acrescentando que os soldados seguem para o Iraque, Kuwait e outras zonas do território.

Fontes do Departamento de Defesa, citadas pela agência Associated Press sob anonimato, adiantam que os efetivos pertencem à 82.ª Divisão de Paraquedistas de Fort Bragg, no Estado da Carolina do Norte. Estes soldados somam-se aos outros cerca de 700 já enviados para o Koweit no início desta semana, após a invasão do complexo da embaixada dos EUA em Bagdade por milicianos apoiados pelo Irão e os seus apoiantes.

O reforço da presença militar norte-americana começou a tomar forma após o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter feito os primeiros comentários sobre o ataque aéreo, afirmando que ordenou a morte do general iraniano Qassem Soleimani porque este “planeava matar muitos americanos”.

Num cenário de elevada tensão, o Departamento de Estado norte-americano pediu aos cidadãos dos Estados Unidos que deixem o Iraque.

No mesmo ataque aérei morreu também o 'número dois' da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular [Hachd al-Chaabi], além de outras seis pessoas.

O ataque já suscitou várias reações, tendo quatro dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas - Rússia, França, Reino Unido e China - alertado para o inevitável aumento das tensões na região e pedem as partes envolvidas que reduzam a tensão.

No Irão, o sentimento é de vingança, com o Presidente e os Guardas da Revolução a garantirem que o país e "outras nações livres da região" vão vingar-se dos Estados Unidos.

Também o líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, prometeu vingar a morte do general e declarou três dias de luto nacional, enquanto o chefe da diplomacia considerou que a morte como "um ato de terrorismo internacional".

Do lado iraquiano, o primeiro-ministro iraquiano demissionário, Adel Abdel Mahdi, advertiu que este assassínio vai "desencadear uma guerra devastadora no Iraque" e o grande ayatollah Ali al-Sistani, figura principal da política iraquiana, considerou o assassínio do general iraniano Qassem Soleimani "um ataque injustificado" e "uma violação flagrante à soberania iraquiana".

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