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Talibãs sequestram 27 ativistas que promoviam novo cessar-fogo no Afeganistão

Talibãs sequestram 27 ativistas que promoviam novo cessar-fogo no Afeganistão
SOPA Images

O sequestro ocorreu na noite de terça-feira no distrito de Balablok em Farah, onde os ativistas viajavam em seis veículos

O Movimento Popular para a Paz (PPM, na sigla em ingês) do Afeganistão acusou esta quarta-feira os talibãs de terem sequestrado 27 dos seus ativistas enquanto viajavam no oeste do país em campanha de promoção de um cessar-fogo.

"Vinte e sete membros do nosso movimento pela paz que viajavam numa autoestrada [na província] de Herat para a província vizinha de Farah numa nova campanha de paz foram sequestrados pelos talibãs", indicou à agência Efe o porta-voz da organização, Bismillah Watandost.

A mesma fonte indicou que o sequestro ocorreu na noite de terça-feira no distrito de Balablok em Farah, onde os ativistas viajavam em seis veículos.

"Estamos a viajar como parte da nossa nova campanha para a paz, que começou há 15 dias, e os nossos planos são levá-la a todas as 34 províncias do país", disse ainda Watandost.

"Estamos a fazer um novo apelo para a promoção da paz e de um novo cessa-fogo no país". Acrescentou.

O PPM começou a ser conhecido em meados do ano passado quando organizou uma marcha a pé pela paz desde a conturbada província de Helmand até Cabul, a capital afegã, para apelar ao diálogo entre o Governo e os talibã.

Os talibãs confirmaram no início deste mês o reinício das conversações de paz com os Estados Unidos em Doha, no Catar, três meses depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, as ter cancelado, na sequência de um atentado em Cabul, em que morreu um soldado norte-americano.

Os talibãs mantêm-se em guerra com os Estados Unidos e com o Governo afegão desde há quase duas décadas, quando, na sequência do 11 de setembro de 2001, as forças norte-americanas e os seus aliados invadiram o Afeganistão e derrubaram do poder os fundamentalistas islâmicos.

Atualmente, têm influência ou controlam mais de metade do país e nunca estiveram tão fortes desde 2001.

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