Pela 70ª semana consecutiva, Greta Thunberg voltou a erguer o seu cartaz de madeira onde escreveu “Skolstrejk for Klimate” (“Em greve pelo clima”). Hasteou-o esta sexta-feira em Estocolmo, na Suécia, a sua terra natal, à qual regressara três dias antes, após uma volta por quase meio mundo ao longo de quatro meses, que incluiu duas travessias do Atlântico em embarcações movidas a energia solar e eólica. Fê-lo durante os últimos 16 meses todas as sextas-feiras onde quer que estivesse, fosse em frente ao Parlamento sueco, num barco no meio do oceano ou em marcha com milhares de outros jovens em diferentes capitais do mundo. E continuará a fazê-lo, porque a sua causa em defesa do planeta está longe de ficar resolvida.
A “ciência é clara, mas a ciência continua a ser ignorada”, tuitou no domingo, ao confirmar o “falhanço” anunciado da Conferência do Clima realizada em Madrid (COP25). Na mesma mensagem, sublinhou: “O que quer que aconteça, não vamos desistir. Ainda agora começámos.”
Greta Thunberg começou a sua greve à escola, sozinha, sentada em frente ao Parlamento sueco, a 20 de agosto de 2018. Tinha 15 anos. Durante três semanas ali se sentou a exigir ação urgente para prevenir a catástrofe anunciada pelos cientistas em consequência das alterações climáticas. “Se os adultos se estão a borrifar para o meu futuro, porque hei de ir à escola?” Depois passou a ser só às sextas-feiras, e nasceram as “Fridays for Future”. O grupo de protesto alastrou a nível global, inspirando 4 milhões de pessoas a manifestarem-se em mais de 150 cidades do mundo, a 20 de setembro de 2019. Foi o maior movimento pela ação climática da História.
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