Representantes dos EUA, do Canadá e do México assinaram esta terça-feira uma nova revisão do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA), um pacto comercial entre os três países com 25 anos. A cerimónia de assinatura na Cidade do México terá sido um dos últimos passos na missão do Presidente Donald Trump de substituir o NAFTA, um acordo que responsabiliza pela perda de milhões de empregos nos Estados Unidos.
O evento, que decorreu no Palácio Nacional, contou com a presença do Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, a vice-primeira-ministra canadiana, Chrystia Freeland, o representante do Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, e o conselheiro da Casa Branca e genro de Trump, Jared Kushner.
A revisão foi assinada no mesmo dia em que Trump se tornou o quarto Presidente dos EUA a enfrentar um ‘impeachment’ formal.
Lighthizer descreveu como “um milagre” que sindicatos, empresas e atores de todo o espectro político se tenham unido, o que, segundo ele, é uma prova das vantagens do acordo. Obrador reconheceu o trabalho conjunto com Trump, enquanto Freeland assinalou a vitória do multilateralismo. “Conseguimos isto juntos num momento em que, em todo o mundo, é cada vez mais difícil fazer acordos comerciais”, disse, citada pela agência Reuters.
“É infinitamente melhor do que o proposto inicialmente”
O Acordo Estados Unidos-México-Canadá já foi assinado há mais de um ano para substituir o NAFTA. No entanto, os democratas, maioritários na Câmara dos Representantes dos EUA, insistiram na necessidade de se fazerem grandes alterações nos planos laboral e ambiental antes de o submeter a votação.
“É infinitamente melhor do que o proposto inicialmente pela Administração”, disse a presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, acrescentando que o acordo está pronto para ser votado.
O Parlamento canadiano e o Congresso mexicano deverão ratificar o acordo sem constrangimentos, referiu a Reuters.
“O melhor e mais importante acordo comercial”
Trump lançou a renegociação do NAFTA no seu primeiro ano de mandato, apostado em cumprir a promessa de campanha de substituir o que descreveu como “o pior acordo de sempre”. Foi com relutância inicial que os líderes do Canadá e do México concordaram em participar na redefinição de um acordo com o seu maior parceiro comercial.
O novo acordo será “o melhor e mais importante acordo comercial alguma vez feito pelos EUA”, escreveu o Presidente norte-americano no Twitter. Será “bom para todos – agricultores, produtores, sector energético, sindicatos”, acrescentou, saudando o facto de “finalmente se pôr fim ao pior acordo comercial do país, o NAFTA”.
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