Em 1848, depois do levantamento à escala europeia contra o absolutismo que ficou conhecido como ´primavera dos povos’, Marx e Engels escreveram que um espectro, o comunismo, começava a amedrontar o Velho Continente. Em pleno século vinte e um, um novo fantasma assombra o mundo, o de uma contestação global que tanto põe em causa regimes ditatoriais como confronta as democracias com as suas insuficiências.
De Argel a Beirute, de Bagdade a Hong Kong, de Cartum a Santiago do Chile, de Teerão a La Paz, sem esquecer Barcelona ou Paris, o povo saiu à rua e parece ter vindo para ficar. No Chile, a meio de outubro, o detonador foi o aumento dos bilhetes do Metro. No Equador (primeira quinzena de outubro) e no Irão (a semana passada) os protestos resultaram do aumento dos combustíveis, como aliás há um ano em França, com o movimento dos ‘coletes amarelos’.
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