Convento na Toscânia encerrado porque madre superiora se apaixonou

Situado num lugar idílico, nas colinas da Toscânia, o Convento dos Padres Cappuccini, em Sansepolcro, foi encerrado escassos quatro anos após a sua reabertura. Ao que parece, devido a um romance impossível.

O convento, originário do século XVII, era administrado por freiras beneditinas desde 2015 e tinha vários projetos em andamento, segundo tinha anunciado recentemente a Irmã Maria Teresa, a atual madre superiora.

A versão corrente é a de que o fecho foi decretado por causa da Irmã Maria, de 40 anos, se ter apaixonado por um homem da região e ter sido forçada a abandonar o convento. O “La Repubblica” explica que após a sua saída restavam três freiras no mosteiro - uma de 80 anos e duas noviças - o que não permitia dar continuidade aos trabalhos iniciados.

Entrevistada pelo jornal, a ex-madre superiora não escondeu a mágoa: “O que estou a passar vai marcar-me para sempre, e será difícil que no futuro continue a ter alguma relação com a Igreja”. Quanto ao facto de estar apaixonada, a freira mostrou-se sentida: “Querem passar essa versão, mas o assunto é muito mais complicado do que parece”.

Em 2015, o antigo convento de Cappucini, perto de Arezzo, foi dedicado a Bernardo Tolomei, um santo do século XIV e a Irmã Maria Teresa ficou responsável pela sua dinamização, transformando-o num centro comunitário.

Além de as freiras apanharem azeitonas e fruta, o edifício principal passou a disponibilizar 19 camas para peregrinos e outras 20 em pequenas cabanas na floresta circundante, tendo sido criado um espaço dedicado a batismos, casamentos e outras celebrações religiosas.

Não é conhecida nenhuma declaração oficial sobre o assunto. O bispo de Arezzo, Riccardo Fontana, disse apenas que não estava envolvido na decisão de pedir à madre superiora que abandonasse o convento. “Não tenho nada a ver com isso. Houve uma intervenção da Santa Sé e tudo terminou aí”, afirmou, não sem reconhecer que “esta é uma situação muito dolorosa para todos os envolvidos”.