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Pelo menos 15 mortos e 40 feridos em ofensiva turca na Síria

Pelo menos 15 mortos e 40 feridos em ofensiva turca na Síria
Anadolu Agency/GETTY IMAGES

O balanço é avançado pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH). Oito civis estão entre as vítimas mortais

Pelo menos 15 pessoas, incluindo oito civis, morreram esta quarta-feira durante a ofensiva turca contra as forças curdas no nordeste da Síria, disse o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Entre as vítimas mortais, duas foram registadas num ataque de artilharia contra a cidade de Al-Qamishli, predominantemente curda, salienta o OSDH.

Segundo a OSDH, 40 pessoas ficaram feridas durante a ofensiva turca.

O Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho afirma em comunicado que a situação atual poderá dificultar os trabalhos no terreno, nomeadamente junto aos campos de refugiados, sublinhando que a prioridade passará por atender os feridos que correm risco de vida.

“A maioria dos nossos parceiros de organizações humanitárias e outras ONG na região, por razões de segurança, limitaram o acesso aos campos de refugiados, o que ameaça a nossa ação”, refere o organismo, alertando para a situação de emergência.

A Turquia lançou uma nova operação militar contra a milícia curda das Unidades de Proteção Popular (YPG), apoiada pelos países ocidentais, mas considerada terrorista por Ancara.

A operação militar foi previamente anunciada pelo Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que disse que esta visa "os terroristas das YPG e do Daesh [acrónimo árabe do grupo extremista Estado Islâmico]" e pretende estabelecer uma "zona de segurança" no nordeste da Síria.

"A zona de segurança que iremos criar permitirá o regresso de refugiados sírios ao seu país", acrescentou o líder da Turquia, país que acolhe atualmente cerca de 3,6 milhões de refugiados.

A ofensiva turca surge após o anúncio do Presidente norte-americano, Donald Trump, no domingo, de que as tropas dos Estados Unidos iam abandonar a zona em causa. Trump "corrigiu" mais tarde as suas declarações, assegurando que Washington não tinha "abandonado os curdos", que desempenharam um papel crucial na derrota militar do Estado Islâmico.

Notícia atualizada às 22h41

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