O denunciante que revelou o conteúdo da chamada telefónica de Donald Trump com o seu homólogo ucraniano concordou aparecer “muito em breve” perante os membros do Congresso, avança o “Financial Times”. Segundo o jornal, a disponibilidade para depor foi confirmada este domingo por um alto parlamentar democrata.
A polémica que deu origem à abertura de uma investigação de ‘impeachment’ ao Presidente norte-americano conhece assim novo desenvolvimento, depois de Trump reclamar ter o direito de conhecer o seu “acusador”.
“Como todos os americanos, mereço conhecer o meu acusador, especialmente quando esse acusador, o chamado ‘denunciante’, retratou de uma forma totalmente imprecisa e fraudulenta uma conversa perfeita com um líder estrangeiro ”, escreveu no Twitter o Presidente dos Estados Unidos.
Num outro tweet, Trump fez pontaria ao presidente da comissão de Informação da Câmara dos Representantes, Adam Schiff, que confirmara a existência de um acordo provisório para o denunciante testemunhar perante a sua comissão.
Schiff adiantou não estar agendada qualquer data para a audiência, mas garantiu que esta acontecerá assim que estejam garantidas as condições de segurança para os advogados do “whistleblower” e preparadas as formalidades logísticas para proteger a sua identidade.
“Pretendo responsabilizar o Presidente. E pretendo levar a cabo uma investigação completa”, disse Schiff, sublinhando a gravidade que considera estar em causa, dado Trump ter tentado pressionar o Presidente ucraniano “a prejudicar o seu oponente [Joe Biden] e interferir nas nossas eleições".
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: MGanhao@expresso.impresa.pt