Internacional

Bolsonaro surpreende com cocó e prisão para jornalistas

Bolsonaro surpreende com cocó e prisão para jornalistas
EVARISTO SA/GETTY IMAGES

Presidente brasileiro mantém a atitude de proferir declarações contra a corrente. As últimas são como proteger o ambiente fazendo menos cocó e como os jornalistas que exageram devem acabar na prisão

"É só você fazer cocô dia sim, dia não que melhora bastante a nossa vida". Foi assim com sotaque e toda uma nova estratégia ecológica que Jair Bolsonaro surpreendem esta sexta-feira um grupo de jornalistas brasileiros ao falar da defesa do ambiente.

As declarações foram feitas à comunicação social que aguardava o Presidente brasileiro na entrada do Palácio da Alvorada, residência oficial do chefe de governo, no momento em que este se dirigia a uma cerimónia no Clube do Exército.

O diálogo completo está a surpreender o mundo: "Presidente, é possível crescer com preservação?", indagou um jornalista. "Sim, é lógico que sim", respondeu o Presidente. O jornalista, então, pergunta: "Como? Se tem que alimentar e..."Antes de a pergunta ser concluída, Bolsonaro afirma: "É só você deixar de comer menos um pouquinho. Quando se fala em poluição ambiental, é só você fazer cocô dia sim, dia não que melhora bastante a nossa vida também, está certo?" reproduz o jornal digital "G1".

No mesmo dia, Bolsonaro voltou a dirigir-se diretamente à comunicação social. "Se o excesso jornalístico desse cadeia, todos vocês estariam presos agora, tá certo?", disse ao deixar o Palácio da Alvorada, ao lado do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro. A afirmação do Presidente terá sido acompanhada de aplausos de apoiantes, que o aguardavam na porta da residência oficial, relata o "Jornal do Brasil".

A afirmação surgiu no âmbito de declarações de Sérgio Moro sobre o pacote anti-crime, que flexibiliza a punição dos polícias que dispararem em serviço. Mais tarde, o Presidente voltou à carga no Twitter: "Queremos tirar o 'excesso' do Código Penal, afinal atirar num bandido duas ou mais vezes deve ser motivo de comemoração (sinal que o policial está vivo), e não de condenação. Já os excessos dos jornalistas..."

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