“Esta decisão foi dele, não minha, eu continuo ao lado dele”, diz Trump
O responsável pela pasta do Trabalho dos Estados Unidos, Alex Acosta, pediu a demissão esta sexta-feira, depois de se ver envolvido na polémica de Jeffrey Epstein, o famoso investidor financeiro acusado esta semana de tráfico sexual de menores e de abusar sexualmente de pelo menos 40 raparigas menores de idade ao longo de vários anos.
Onde entra Acosta neste caso? É que antes de ocupar a posição que agora ocupa na administração de Donald Trump, Acosta foi procurador em Miami, Flórida, e teve influência numa primeira acusação a Epstein, em 2008. Na altura, o milionário cumpriu apenas apenas 13 meses de prisão mas, durante a pena, podia sair de manhã para o trabalho e voltar ao final do dia. O atual secretário de Estado viabilizou a assinatura de um acordo judicial que resultou naquela sentença, evitando assim acusações federais e possivelmente a prisão perpétua.
“Sem o trabalho dos nossos procuradores, Epstein teria escapado apenas com uma acusação estadual e não cumpriria uma pena de prisão", justificou-se na quarta-feira Acosta, referindo ainda que um julgamento teria sido difícil porque as testemunhas enfrentariam o escrutínio intenso de uma equipa de advogados de defesa muito bem preparada.
Acosta anunciou a sua saída ao lado do Presidente Donald Trump. “Esta decisão foi dele, não minha, eu continuo ao lado dele”, disse Trump.
Na resposta, Acosta disse aos jornalistas que não poderia deixar que este caso lançasse uma sombra sobre a administração e os sucessos que Trump já alcançou. “A sua agenda, colocando sempre em primeiro lugar os cidadãos, não pode sofrer qualquer distração”, disse Acosta referindo-se às prioridades do Presidente.
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