O presidente da Comissão Judiciária da Câmara dos Representantes, o democrata Jerry Nadler, emitiu uma intimação exigindo o acesso à totalidade do relatório Mueller e documentos relacionados até 1 de maio.
O dia coincide com a data em que o procurador-geral William Barr irá testemunhar perante à Comissão Judiciária do Senado, devendo comparecer no dia seguinte perante a Comissão presidida por Nadler. Segundo Nadler, é preciso "ter a totalidade do relatório, em bruto, e os documentos que lhes serviram de base para tomar decisões informadas".
A intimação é o pontapé de partida do que poderá ser uma longa batalha judicial. Se o Departamento de Justiça não responder, os democratas poderão acusar as autoridades de desobediência ao Congresso ou, eventualmente, levar a batalha até aos tribunais.
No início do mês, a Comissão Judiciária votou a favor de autorizar Nadler a emitir intimações para o relatório final, provas e documentos relacionados com a investigação de Mueller sobre a ingerência russa nas eleições norte-americanas.
A porta-voz do presidente Donald Trump, Sarah Sanders, rejeitou as alegações de que o relatório do procurador especial Robert Mueller expôs a "cultura de mentira" da Casa Branca, como afirmou Nadler.
Sanders contestou também as acusações de que teria enganado a imprensa quando afirmou que "inúmeros" elementos do FBI perderam a confiança no diretor da agência federal de investigação norte-americana, James Comey, o que levou à sua demissão.
Sanders tinha dito aos jornalistas, após a demissão de Comey em 2017, que "inúmeros" elementos do FBI tinham acolhido favoravelmente a decisão do presidente Trump, mas na sexta-feira afirmou à estação televisiva ABC que a expressão foi um "deslize" que aconteceu "no calor do momento".
O procurador geral, William Barr, enviou o relatório Mueller ao Congresso, com algum material redigido, incluindo informações para o grande júri, entre as quais entrevistas com testemunhas.
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