O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou esta quinta-feira que os EUA e a China concordaram em “muitos dos pontos mais difíceis” na disputa comercial entre os dois países mas que ainda há “algum caminho a fazer”. Em declarações na Casa Branca, antes de se reunir com o vice-presidente chinês, Liu He, Trump estimou que um acordo poderia surgir nas próximas quatro semanas.
Citando o Presidente dos EUA, o diário “The Wall Street Journal” escreve que um acordo comercial estará próximo mas que ainda não há planos para uma cimeira com o homólogo Xi Jinping.
“Este é um acordo épico e histórico – se acontecer. Vamos ver se acontece. Há uma boa probabilidade de acontecer”, disse Trump. Do lado chinês, Xi, citado pela agência estatal de notícias Xinhua, falou em progressos substanciais.
O aumento das tarifas alfandegárias ainda paira
Os pontos críticos nas negociações das últimas semanas incluem a rapidez com que as tarifas alfandegárias serão revertidas e a forma como será aplicado um possível acordo. Trump já avisou que, na ausência de um entendimento, será difícil que os EUA permitam que as relações comerciais com a China continuem como no passado.
No final de 2018, as duas partes acordaram uma trégua de 90 dias na disputa comercial para negociações. Na ausência de um entendimento, os EUA voltariam a impor, a partir de 1 de março, um aumento de tarifas, de 10% para 25%, em aproximadamente 200 mil milhões de dólares (cerca de 175 mil milhões de euros) de produtos importados da China. No entanto, houve um prolongamento do prazo.
À margem da cimeira do G20 na Argentina, em dezembro, Trump e Xi concordaram avançar nas negociações sobre as questões estruturais do diferendo comercial, incluindo “transferências tecnológicas, proteção da propriedade intelectual, ciberintrusão, serviços e agricultura”, como ficou estipulado num comunicado após um encontro informal entre os dois líderes.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: hgomes@expresso.impresa.pt