Internacional

A nova forma de introduzir telemóveis (e droga) na cadeia: ratos mortos

A nova forma de introduzir telemóveis (e droga) na cadeia: ratos mortos
Southern Metropolis Daily/Getty

Além dos aparelhos, os animais tinham carregadores e cartões SIM dentro da barriga

Luís M. Faria

Jornalista

Já se tentaram drones, bolas de ténis, cavidades corporais diversas. Como se tentaram bolos, roupas, subornos, ameaças. Tudo vale para tentar introduzir nas cadeias drogas e telemóveis. Agora, o Reino Unido ficou a conhecer outro estratagema: ratos.

Aconteceu na prisão de Guys Marsh, em Dorset, onde foram encontrados ratos mortos com a barriga cosida. Uma vez abertos, viu-se que tinham droga e telemóveis no interior - bem como cartões SIM e carregadores. Isto numa zona da prisão que já era conhecida pela indisciplina. Ao que parece, outros criminosos terão atirado os animais por cima do muro.

"Isto mostra até onde podem ir os criminosos para introduzir drogas dentro da prisão e sublinha quão importante é o nosso trabalho para melhorar a segurança", afirmou o ministro das prisões. "Drogas e telemóveis por trás das grades põem em risco prisioneiros, funcionários prisionais e o público".

A questão é a de saber se o fenómeno não se tornou demasiado prevalente para ser evitado. Em Portugal, no que respeita aos telemóveis, pelo menos a julgar por notícias recentes, não haverá revista a um estabelecimento prisional que não descubra uma boa quantidade deles.

Tratando-se de um problema que atinge muitos países, já existem variadas soluções técnicas, incluindo detetores magnéticos e manipulações das redes para bloquear o sinal - para já não falar do bom e velho cão-polícia capaz de detetar um odor que será característico dos telemóveis. Mas onde existe vontade (e no caso, a vontade é muita) há sempre um meio.

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