Paul Manafort, ex-diretor de campanha do Presidente dos EUA, foi esta quarta-feira condenado a mais 43 meses de prisão no âmbito da investigação sobre a Rússia.
Perante o tribunal federal de Washington, o ex-diretor de campanha do Presidente norte-americano pediu desculpas pelo crime de conspiração. “Peço desculpa pelo que fiz e por todas as atividades que nos levaram hoje até aqui”, declarou Paul Manafort, pedindo à juíza Amy Jackson para não aumentar a sua pena para poder cuidar da mulher.
Em resposta, a magistrada disse não poder ignorar o “número de mentiras” e o “nível da fraude” em questão.“O arguido não é o inimigo público número um, mas também não é uma vítima”, afirmou Amy Jackson.
“Não há dúvida de que o arguido sabia exatamente o que estava a fazer”, acrescentou a juíza.
Em setembro, o antigo diretor de campanha de Donald Trump já tinha admitido ser culpado neste caso, que incluía acusações de lobbying no estrangeiro e falso testemunho.
Esta sentença surge depois de Paul Manafort ter sido condenado na sexta-feira num tribunal na Virgínia a 47 meses de prisão devido a um caso de fraude fiscal e bancária no âmbito dos seus serviços de consultoria para políticos pró-russos na Ucrânia. Ou seja, o ex-diretor de campanha do Presidente dos EUA será obrigado a cumprir no total uma pena de 90 meses (sete anos e meio) de prisão.
Na sexta-feira passada, o juiz decretou também que Manafort devolva 24 milhões de dólares (21,4 milhões de euros) e pague uma multa de 50 mil dólares (44,6 mil euros).
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: lpcoelho@expresso.impresa.pt