O Governo espanhol confirmou esta sexta-feira, numa conferência de imprensa na ressaca do Conselho de Ministros, a exumação do corpo de Francisco Franco, conta o “ABC”. A família tem agora 15 dias para reclamar os restos mortais do ditador, caso contrário o Executivo ainda liderado por Pedro Sánchez terá de escolher o lugar do enterro.
"Chegámos ao fim do processo que se iniciou com uma decisão política, uma decisão de Estado", explicou aos jornalistas Dolores Delgado, a ministra da Justiça. "Quando o Governo tomou posse havia uma decisão de memória histórica. No fim de contas, a memória histórica é uma questão de memória democrática. Também é uma questão de organismos internacionais".
E prosseguiu: “Em Vale dos Caídos não pode estar enterrado quem não é vítima da guerra civil. Franco não cumpria esses requisitos. Morreu em 1975 e, por isso, estava enterrado indevidamente de acordo com a Lei de Memória Histórica. O passo seguinte era proceder à exumação".
A ministra da Justiça admitiu ainda que a transferência para a Catedral de Santa Maria a Real de Almudena, a intenção da família, não será possível "por razões de ordem pública". Os familiares, se reclamarem os restos mortais de Franco, vão propor um novo local para o enterro.
Esta sexta-feira a política espanhola ficou marcada ainda por outra decisão: Pedro Sánchez, o primeiro-ministro e líder do PSOE, agendou novas eleições legislativas para 28 de abril.
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