O primeiro-ministro espanhol anunciou esta sexta-feira novas eleições legislativas para 28 de abril. O Orçamento do Estado de Espanha foi chumbado na quinta-feira, precipitando o país para um cenário de incerteza.
Pedro Sánchez começou a declaração por contextualizar como chegou ao poder, dizendo que o Partido Popular estava mais preocupado em defender-se de casos de corrupção do que em governar, abrindo caminho para a primeira moção de censura bem-sucedida de Espanha.
O seu Governo, diz Sánchez, era "aberto", "exemplar", "não partidista, disposto a consensualizar o que era diferente". E agradeceu aos membros do seu Executivo que agora se dissolve: "A todos eles agradeço pelo compromisso e trabalho intenso nestes meses".
Antes deste anúncio havia dúvidas sobre se Sánchez iria tentar continuar a governar com a prorrogação das contas do anterior Executivo do Partido Popular (direita), mas os pontos de interrogação acabaram por ser desfeitos na quinta-feira pela sua ministra da Fazenda.
María Jesús Montero assegurou, numa entrevista a uma rádio, que, depois da reunião do Conselho de Ministros agendada para esta sexta-feira, o primeiro-ministro iria "comunicar a convocatória de eleições" e que a única “dúvida é quando” se irão elas realizar: “Durante o ano de 2019 de certeza […] a data concreta só ele [Pedro Sánchez] a conhece”, acrescentou.
Pedro Sánchez é chefe do Governo desde junho último, depois do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), com apenas 84 deputados num total de 350, ter conseguido aprovar uma moção de censura ao Executivo de Mariano Rajoy, também ele de cariz minoritário.
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