Internacional

Novo balanço de ataque a hotel no Quénia aponta para pelo menos 21 mortos

O Quénia começou na quarta-feira a enterrar os mortos do ataque ao hotel em Nairobi
O Quénia começou na quarta-feira a enterrar os mortos do ataque ao hotel em Nairobi
Andrew Renneisen

O grupo terrorista Al-Shabaab, que reivindicou o ataque, anunciou que foi “uma resposta” à decisão de Trump de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel. Um cidadão americano, Jason Spindler, está entre as vítimas mortais. O seu irmão, Jonathan, disse no Twitter que Jason tinha sobrevivido aos ataques de 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque

Novo balanço de ataque a hotel no Quénia aponta para pelo menos 21 mortos

Hélder Gomes

Jornalista

Pelo menos 21 pessoas morreram na sequência da invasão de um hotel de luxo em Nairobi, no Quénia, na terça-feira, segundo um novo balanço feito pelo Governo. O ataque ao hotel DusitD2, reivindicado pelo grupo terrorista Al-Shabaab, prolongou-se por 19 horas e só terminou na manhã seguinte.

O fim da operação de segurança foi anunciado pelo Presidente queniano, Uhuru Kenyatta, num discurso televisivo. “Todas as pessoas envolvidas no financiamento, planeamento e execução deste ato hediondo” serão perseguidas “implacavelmente”, disse, depois de confirmar que os atacantes jiadistas tinham sido “eliminados”.

De acordo com a agência de notícias AFP, duas pessoas que se acredita estarem ligadas ao ataque foram presas na quarta-feira.

O Quénia tem sido alvo do Al-Shabaab desde outubro de 2011, quando o país enviou o seu exército para a Somália para combater os terroristas. O grupo divulgou um comunicado anunciando que o ataque foi “uma resposta” à decisão do Presidente dos EUA, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, noticiou a agência Reuters.

Jason Spindler, que sobreviveu ao 11 de setembro, morreu no ataque

Um cidadão americano, Jason Spindler, está entre as vítimas mortais. O seu irmão, Jonathan, anunciou no Twitter que Jason tinha sobrevivido aos ataques de 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque.

O ataque começou às 15h locais (meio-dia em Lisboa) de terça-feira. Quatro homens armados atiraram bombas sobre veículos no parque de estacionamento antes de se dirigirem ao lobby do hotel, onde um deles se fez explodir, segundo a polícia.

Imagens das câmaras de segurança mostram os quatro homens a entrarem no hotel e a abrirem fogo.

Cerca das 23h locais, um responsável do Ministério da Segurança Interna disse que todos os edifícios do complexo estavam seguros. “A situação está sob controlo e o país está seguro. O terrorismo nunca nos derrotará”, garantiu. No entanto, uma hora depois, foram ouvidos disparos e explosões esporádicas na zona.

O Al-Shabaab opõe-se ao Governo da Somália mas já levou a cabo ataques noutros países do leste africano. Em setembro de 2013, elementos do grupo irromperam pelo centro comercial Westgate em Nairobi. Durante um cerco que se prolongou por mais de três dias, 67 pessoas foram mortas.

Dois anos mais tarde, o Al-Shabaab realizou o seu ataque mais sangrento no Quénia, ao matar quase 150 pessoas na Universidade de Garissa.

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