Correr pela sobrevivência, escapar ao destino fatal, disparar para ganhar o direito a ser a última figura na ilha, eliminar zombies, encontrar armas e construir fortes para proteger preciosidades. É isto, mais ou menos, o Fortnite, um dos fenómenos do mundo dos videojogos na atualidade. Espalhados pelo mundo, estão mais de 200 milhões de jogadores.
O Fortnite joga-se gratuitamente mas faz girar muitos, muitos milhões de euros. E tudo porque as “skins”, funcionalidades que permitem novas roupagens e objetos para a personagem, valem dinheiro e podem ser vendidas e compradas entre jogadores. Mas nem tudo é um mar de rosas: a BBC noticia esta quinta-feira que há hackers a roubar contas privadas e a vendê-las, variando o seu valor consoante a qualidade ou rareza das "skins", amealhando assim milhares de euros - a BBC falou com um jovem de 14 que foi vítima e que decidiu inverter os papéis, roubando outros utilizadores. A confirmação dessa manobra foi dada pelo menos por 20 deles à BBC, que lhe chama uma “rede global de hacking”, um esquema organizado.
De acordo com a estação britânica, o jogo terá gerado mais de mil milhões em vendas e revendas de “skins”, o que terá agitado e agudizado o mercado negro.
A empresa que fundou o jogo em 2011, a Epic, garantiu que estão a trabalhar em melhorias de segurança do jogo.
Nos últimos tempos têm surgido algumas reticências sobre o jogo, nomeadamente por parte dos pais. Há crianças internadas por dependência do Fortnite. "É como heroína", explicava ao site especializado em tecnologia Gadgets 360º Lorrine Marer, uma terapeuta cognitivo-comportamental britânica (ler aqui).
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