A estratégia comercial do Presidente americano tem sido alvo de fortes críticas, sobretudo depois da intensificação da guerra comercial com a China. A decisão de impor tarifas sobre o aço e o alumínio e a ameaça de mais impostos sobre inúmeros produtos chineses – que motivaram, na semana passada, medidas de retaliação do Presidente Xi Jinping – foram criticadas por elementos dos Partidos Republicano e Democrata.
Os críticos defendem que a administração deve trabalhar com outros países para pressionar a China, em vez de aplicar tarifas que convidam à retaliação em sectores como a agricultura.
Este vislumbre de um volte-face em relação ao TPP tem sido, por isso, bem recebido. O senador republicano Ben Sasse, que representa o estado do Nebraska e tem sido crítico das tarifas, recebeu como “boas notícias” a possível reentrada dos EUA no acordo. “A melhor coisa que os Estados Unidos podem fazer agora para combater a fraude chinesa é liderar as outras 11 nações do Pacífico que acreditam no livre comércio e no Estado de Direito", afirmou o senador, citado pela BBC.
O TPP, um acordo comercial concebido para 12 países, incluindo os EUA, foi desenhado pelo ex-Presidente Barack Obama para fazer frente ao crescente poder da China na região. Sindicatos e outras organizações criticaram-no por ser muito favorável aos negócios. A rival de Trump nas eleições de 2016, Hillary Clinton, também se manifestou contra durante a campanha.
A saída do TPP foi um dos primeiros atos oficiais de Donald Trump enquanto Presidente. Os 11 países restantes – Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Singapura e Vietname – continuaram a negociar, tendo assinado o acordo em março.
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