Depois da transição energética e dos desafios que esta implica ao nível económico, a conferência organizada pelo Expresso em celebração do Dia Nacional da Sustentabilidade virou a discussão para a sustentabilidade na área da saúde e do bem-estar.
Assim como acontece no resto do planeta, em Portugal, a poluição atmosférica e as alterações climáticas, que causam cada vez mais sucessivas ondas de calor, ditam problemas de saúde na população, como é o caso de doenças e infeções respiratórias, que impactam diretamente o sistema de saúde. É por isso cada vez mais importante pensar na sustentabilidade ao nível da indústria da saúde e, em particular, da farmacêutica.
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Por outro lado, e se falamos na vida da população, há que abordar o bem-estar profissional, já que o stress, a ansiedade e a infelicidade no local de trabalho podem levar, em muitos casos, ao burnout. A sustentabilidade, defendem os intervenientes, deve ser promovida pelo próprio Governo e pelos líderes das empresas, que devem investir em políticas com vista a esse bem-estar.
A apresentação foi de Sara Tainha, jornalista da SIC Notícias, e o primeiro painel (sobre sustentabilidade e saúde) contou com a presença de Helena Freitas, diretora-geral da Sanofi; Sandra Cavaca, presidente do conselho de administração da SPMS; Filipe Duarte Santos, professor universitário; e Ema Paulino, vice-presidente da CIP. Já o segundo painel (sobre sustentabilidade e bem-estar) contou com a presença de Edgar Sabino, diretor da Cofidis Portugal; Gonçalo Ribeiro Telles, comentador e especialista em comunicação; Ricardo Parreira, fundador e ex-CEO da PHC Software; e Sofia Ramalho, bastonária da Ordem dos Psicólogos Portugueses.
Conheça as principais conclusões.
Sustentabilidade na saúde
- A sustentabilidade “é uma obrigação de todos”, defendeu Helena Freitas, que destacou o que já está a ser feito na Sanofi tendo em conta este lema, como por exemplo, produzir embalagens de medicamentos mais pequenas e com um design ecológico.
- A utilização de inteligência artificial, ainda que tenha desafios associados ao consumo de energia, tem um papel importante na implementação de medidas como o “voice to text” nas consultas médicas, em que o profissional de saúde pode “libertar-se” de determinadas tarefas que lhe roubam tempo, explicou Sandra Cavaca.
- As consultas por vídeochamada, a telemonitorização, bem como o facto de, agora, as pessoas poderem simplesmente deslocar-se à farmácia para tomar uma vacina, levou à diminuição de deslocações desnecessárias aos centros de saúde que, por sua vez, leva a uma diminuição da pegada de carbono.
Sustentabilidade no bem-estar
- “Há muita coisa que tem vindo a mudar” e “as novas gerações vieram contribuir para essa mudança”, acredita Sofia Ramalho, afirmando que, ainda assim, dentro de muitas empresas portuguesas há uma falta de especialistas na promoção do bem-estar.
- Os líderes das empresas não podem ser os únicos a promover políticas de bem-estar. O Governo também deve estar alinhado com esta ideia e deve promover uma melhor relação entre a vida familiar e o trabalho, que estará diretamente relacionado com outras questões, como a natalidade, defendeu Gonçalo Ribeiro Telles.
- Aumentando a sustentabilidade e a felicidade das pessoas no local de trabalho, aumenta-se a produtividade.
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