Projetos Expresso

Energia e construção sem alternativa às práticas sustentáveis

Nos debates dedicados à sustentabilidade na energia e na construção que fizeram parte do evento organizado pelo Expresso - com apoio da Cofidis, Lidl, Moeve, ERP Portugal e Novo Verde, Sanofi, Secil e Seda Group - para celebrar o Dia Nacional da Sustentabilidade, falou-se da necessidade de acelerar processos e ajustar a regulação

Energia e construção sem alternativa às práticas sustentáveis

Tiago Oliveira

Jornalista

Energia e construção sem alternativa às práticas sustentáveis

Nuno Fox

Fotojornalista

“A sustentabilidade é uma oportunidade estratégica para o país”, garantiu Hugo Espírito Santo, secretário de Estado das Infraestruturas, naquele que foi o arranque da parte da tarde do evento do Expresso dedicado ao Dia Nacional da Sustentabilidade. Com a certeza que “precisamos de todos” para um “país mais justo, mais verde e mais competitivo”.

Após uma manhã com debates dedicados ao panorama mais geral da sustentabilidade e aos desafios e oportunidades no campo da saúde e do bem-estar, houve ainda espaço para a energia, antes da tarde começar sob a égide do sector da construção. Com tempo para fazer o retrato de um país a avançar no sentido certo, só que muitas vezes sem a velocidade necessária e com dúvidas quanto à forma mais eficiente.

Acompanhe AQUI a conferência em direto

Além do governante, estes dois debates contaram com a presença de Isabel Gorgoso, CEO da Moeve; Ana Luís de Sousa, diretora executiva da Associação Portuguesa da Energia; Duarte Cordeiro, ex-ministro do Ambiente e da Ação Climática; Nelson Lage, presidente da ADENE - Agência Portuguesa da Energia; Filipe Machado, vice-presidente da Associação Portuguesa de Veículos Elétricos; Otmar Hübscher, CEO da Secil; João Santa-Rita, arquiteto na Santa-Rita Arquitectos; Marco Frazão Pedroso, co-founder & partner na AECycle; e Yara Travassos, diretora Comercial da SomaFuture.

Conheça as principais conclusões, veja em baixo os artigos já publicados sobre esta conferência, e leia depois o artigo final da cobertura de hoje do Dia Nacional da Sustentabilidade.

Recursos humanos

  • “Portugal está muito alinhado nos princípios básicos da descarbonização”, garante Ana Luís de Sousa, para quem os “recursos humanos e tecnológicos” para executar as mudanças necessárias “estão a ser implementados”.
  • Com consciência que estamos perante “um processo lento, sustentado, que não se faz de um momento para o outro e que demora décadas”, na opinião de Nelson Lage. Por isso é “é muito importante transformar as organizações”.

Velocidade

  • Mas há aspetos que devem avançar mais rapidamente, como no caso da mobilidade elétrica, sustenta Filipe Machado: “Nos próximos cinco anos temos que acelerar, estamos a fazer coisas boas, mas muito lentamente”.
  • Devemos ser “mais flexíveis com as normas” porque “estamos a condicionar demasiado a tecnologia”, diz Isabel Gorgoso
  • Segundo Duarte Cordeiro, “temos que perceber onde é que não estamos tão bem para as metas energéticas a que nos propomos” e “agilizar soluções que sejam práticas, fiáveis e cómodas”.

Retorno

  • “Temos que descarbonizar”, reforça Otmar Hübscher, que acrescenta serem necessários “os incentivos económicos certos” com repercussão ao longo da cadeia de valor.
  • Para João Santa-Rita, existe um “esforço enorme de ir ao encontro de soluções cada vez mais sustentáveis”, apesar de sermos um “país com deficiências crónicas” em questões “como a legislação”. O caminho passa por construir com menos desperdício, por exemplo
  • É mesmo possível partir para uma “otimização dos materiais através do conhecimento que temos”, argumenta Marco Frazão Pedroso, e utilizar “edifícios como bancos de materiais”.
  • A “construção envolve muitos stakeholders”, recorda Yara Travassos. Importa realçar que sem “conseguirmos um alinhamento entre todos, é difícil cumprir objetivos da sustentabilidade”.

Este projeto é apoiado por patrocinadores, sendo todo o conteúdo criado, editado e produzido pelo Expresso (ver Código de Conduta), sem interferência externa.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: toliveira@impresa.pt

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