Projetos Expresso

Cancro coloca novos desafios

Cancro coloca novos desafios
Getty Images

O presente e o futuro do panorama oncológico em Portugal estarão em foco no arranque de nova edição do “Tenho cancro. E depois?”, projeto da SIC Notícias e Expresso que tem o apoio da Novartis. O arranque é já amanhã

Cancro coloca novos desafios

Tiago Oliveira

Jornalista

O cancro não dá tréguas e coloca continuamente novos desafios que obrigam os decisores e os médicos a atuar no terreno a correr atrás do prejuízo e por vezes dificulta o planeamento de longo prazo. Mas é possível preparar melhor para a nova realidade e adequar as ferramentas existentes às mudanças que estão a ocorrer como, por exemplo, o aparecimento de mais cancros em pessoas mais novas. Para se ter uma ideia, entre 1990 e 2019, o número de novos casos de cancro em pessoas entre os 14 e os 49 anos aumentou quase 80% mundialmente, de acordo com dados publicados na “BMJ Oncology” em 2023.

“A chave para o sucesso médico, no que se refere ao cancro, é conseguir diagnosticar o mais cedo possível”, resume o diretor do Serviço de Oncologia do Hospital de Santa Maria, Luís Costa. Para isso é necessário “reativar e melhorar os programas de rastreio nas doenças oncológicas rastreáveis” assim como “reforçar os serviços e unidades funcionais de oncologia de forma a poderem dar apoio ao aumento de número de diagnósticos”, entre outras coisas. Segundo o responsável, “a educação para a saúde deveria ter" também "um espaço próprio nas políticas de saúde”.



15%

foi quanto aumentou o número total de casos de cancro em adultos jovens entre 2001 e 2021, segundo os dados mais recentes do Registo Oncológico Nacional

“Uma parte do número crescente de casos de cancro deve-se à longevidade, pois como sabemos, a acumulação de alterações genéticas promovidas por fatores de risco modificáveis ao longo dos anos provoca cancro esporádico”, explica a presidente da EVITA – Associação de Apoio a Portadores de Alterações nos Genes Relacionados Com Cancro Hereditário. “Identificar as causas do cancro, como as do cancro em idade cada vez mais jovem, é crucial para a definição de uma estratégia eficaz para a prevenção e deteção precoce da doença”, acredita.

“Tendo em conta os avanços científicos e tecnológicos, julgo que haverá uma grande transformação no panorama do cancro, desde a prevenção e o diagnóstico precoce até ao tratamento e acompanhamento dos doentes”, resume o diretor do Serviço de Hematologia do Hospital da Luz Lisboa, António Medina Almeida.

Temas que estarão em discussão no evento que marca o arranque de nova edição do “Tenho cancro. E depois?”, projeto da SIC Notícias e Expresso que tem o apoio da Novartis e que contará com a presença de curadores do projeto assim como de convidados do podcast que tem juntado personalidades mediáticas que enfrentaram a dura luta contra o cancro.

“Acredito que Portugal tem vindo a dar passos importantes no tratamento e acompanhamento do cancro. Mas um dos aspetos que pede maior investimento, é o apoio psicológico, tanto aos doentes como às famílias”, defende Inês Martinho, fundadora da associação Não Partilhes.

“No fundo”, elabora Cátia Goarmon, chef conhecida como ‘Tia Cátia’, “precisamos de continuar a melhorar os recursos médicos e humanos, mas também a criar uma rede de apoio que dê confiança a quem passa por este desafio”. Para o jornalista João da Silva, “estamos a melhorar quando há programas de televisão, podcasts e reportagens nos jornais que falam do cancro de forma normal”.

Saiba mais sobre o evento de amanhã.

Tenho cancro. E depois?”

O que é?

É um projeto da SIC Notícias e do Expresso, que tem o apoio da Novartis, e que ao longo dos últimos anos tem promovido inúmeras iniciativas e produzido conteúdo editorial para alertar a população para a realidade do cancro em Portugal e o trabalho que está a ser feito com o objetivo de aumentar as hipóteses de sobrevivência de todos que têm que lidar com a doença.

Quando, onde e a que horas?

Terça-feira, 16 de setembro, no Montes Claros, Secret Spot - Lisboa, a partir das 18h10.

Quem vai participar?

  • Ricardo Costa, CCO do Grupo Impresa
  • Mourad Aboubakr, country president da Novartis
  • Ana Povo, secretária de Estado da Saude
  • António Medina Almeida, diretor do Serviço de Hematologia, Hospital da Luz Lisboa
  • Fátima Cardoso, presidente da Advanced Breast Cancer (ABC) Global Alliance
  • Liliana Violante, vice-Presidente, Sociedade Portuguesa de Medicina Nuclear
  • José Luis Passos Coelho, presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia
  • Luís Costa, diretor do Serviço de Oncologia do Hospital de Santa Maria
  • Margarida Torres Ornelas, presidente do Conselho de Administração, IPO Coimbra
  • Tamara Hussong Milagre, presidente da EVITA
  • Vitor Neves, presidente da direção da Europacolon
  • Graça Freitas, ex-diretora geral da Saúde
  • Bárbara Guimarães, apresentadora
  • João da Silva, jornalista
  • Joana Gonçalves, empresária
  • Isabel Galriça Neto, médica especialista em cuidados paliativos
  • Andreia Catarino, jornalista
  • Inês Marinho, fundadora da associação Não Partilhes
  • Cátia Goarmon "Tia Cátia", chef
  • Fátima Vaz, médica oncologista
  • Rodrigo Ramos, médico oncologista
  • Ana Rita Sousa, médica oncologista

Porque é que este tema é central?

Porque com a subida no número total no número de cancros e da incidência nos mais novos, é essencial perceber quais são os desafios mais prementes na realidade oncológica em Portugal e quais são as áreas prioritárias.

Este projeto é apoiado por patrocinadores, sendo todo o conteúdo criado, editado e produzido pelo Expresso (ver Código de Conduta), sem interferência externa.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: toliveira@impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate