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Autonomia fiscal da Madeira para servir como motor de desenvolvimento

Conferência dos 50 anos do Expresso dedicada ao desenvolvimento económico da Madeira decorreu quarta-feira no Design Center Nini Andrade Silva no Funchal
Conferência dos 50 anos do Expresso dedicada ao desenvolvimento económico da Madeira decorreu quarta-feira no Design Center Nini Andrade Silva no Funchal
Duarte Sá

Um sistema fiscal próprio para a Região Autónoma das Madeira, para atrair mais investimento estrangeiro e criar dinâmicas complementares ao turismo, foi uma das ideias da conferência Desafios Económicos que decorreu hoje no Funchal, inserido no ciclo de conferências Expresso 50 anos, neste caso com o apoio da Tabaqueira

Autonomia fiscal da Madeira para servir como motor de desenvolvimento

Marina Almeida

Jornalista

A necessidade de um sistema fiscal próprio uniu todos os participantes da conferência que decorreu esta manhã no Funchal. “O continente é industrializado, nos Açores predomina o sector primário, na Madeira predominam os serviços. Como podemos ter a mesma política fiscal para três realidades tão distintas?” questionou Miguel de Sousa, CEO da Empresa de Cervejas da Madeira, o primeiro a intervir.

A ideia foi retomada por Rui Barreto, secretário regional da Economia, que juntou aos desafios a importância de cativar empresas estrangeiras, cativar grupos económicos mais fortes e empresas que trabalhem nas áreas de futuro, as tecnologias.

Com o turismo a bater todos os recordes na Madeira na pós-pandemia, a Região Autónoma procura um outro caminho para cativar investimento. É na área tecnológica que está um dos focos, com várias empresas a fixarem-se na ilha a trabalhar para todo o país e para o estrangeiro.

Luís Sousa, CEO da ACIN, uma dessas tecnológicas, enfatizou a existência de boas infraestruturas de comunicações da ilha, essenciais para o trabalho que desenvolvem, dizendo que não tem dificuldade em recrutar talentos para trabalhar na região. Considerou, no entanto, essencial melhorar a articulação entre a escola e o meio empresarial, para responder a necessidades de formação e assim fixar jovens da região e desenvolver os negócios.

Mais pessimista em relação à atual conjuntura, com a elevada fiscalidade e a subida das taxas de juro, que penalizam o poder de compra das famílias, Gonçalo Mendonça, CFO da Alberto Oculista, saudou a entrada de novas companhias aéreas na região e com elas uma nova dinâmica turística.

Principais conclusões

Fiscalidade

  • É importante para a competitividade a Região Autónoma da Madeira ter um sistema fiscal específico, tendo em conta o peso do turismo e dos serviços na economia:

Turismo

  • O turismo é o principal motor económico da região, a aposta deve passar pela sustentabilidade e pela qualificação do destino. No opôs-pandemia a procura mudou, juntando jovens na procura do território.

Mar

  • O alargamento da plataforma continental é uma oportunidade única, importante e deve ser encarada com um ativo não só regional ou nacional, mas europeu.

Educação

  • As escolas devem trabalhar em sintomia com as empresas, dando resposta às novas necessidades, nomeadamente às do sector tecnológico.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: malmeida@expresso.impresa.pt

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