As consequências (reais e confirmadas) das mudanças climáticas na nossa saúde

Jornalista
As alterações climáticas existem, estão entre nós, e vieram para ficar. Este, aparentemente, é um problema reconhecido por todos, mas o que o estudo “Riscos climáticos e a saúde dos portugueses: futuro(s) por imaginar e construir” mostra é que os problemas de saúde oriundos de fenómenos climáticos ainda não são amplamente reconhecidos, o que aponta diretamente para uma falha na prevenção. Como prevenimos algo que não sabemos que existe?
Segundo o estudo:
61%
27%
61 mil
Para discutir os efeitos associados a cada risco climático e de forma a fazer uma reflexão sobre as conclusões que o estudo pôs a descoberto - nomeadamente a perceção dos portugueses quanto a este domínio - o Grupo Ageas Portugal juntou especialistas na sua sede para uma tarde de debate. Em cena estiveram os seguintes intervenientes: Maria do Carmo Silveira, responsável de Orquestração Estratégica do Grupo Ageas Portugal, Joana Barbosa , responsável de Investigação e Research da Return on Ideas, Luísa Schmidt, orientadora científica, professora e investigadora (ICS - UL), Adalberto Campos Fernandes, professor NOVA ENSP, ex-ministro da Saúde, Osvaldo Santos, investigador e assistente convidado do ISAMB-FMUL (Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa), Pedro Matos Soares, professor e investigador (Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa/Instituto Dom Luiz), Sílvia Silva, presidente da APSAI, Filipe Duarte Santos, presidente da CNADS, João Queiroz e Melo, vice-presidente da CPSA, Pedro Serra Pinto, fundador e diretor executivo do Fórum Saúde XXI, Francisco Ferreira, presidente da Zero e Eduardo Consiglieri Pedroso, membro da Comissão Executiva do Grupo Ageas Portugal.
O estudo pretende chamar a atenção de toda a sociedade civil para que se gerem discussões profícuas em torno do impacto da mudança climática na nossa qualidade de vida, olhando em particular para a saúde.
Abaixo, algumas conclusões do debate:
Retiradas das considerações finais que os parceiros do estudo fizeram após o debate.
“Foi muito positivo perceber que os portugueses estão preocupados, embora não reconheçam o verdadeiro risco” Sílvia Silva, presidente da Associação Portuguesa de Saúde Ambiental (APSAI)
“Parece-me importante que haja um diálogo, que as pessoas não se coloquem em trincheiras” Filipe Duarte Santos, presidente do Conselho Nacional do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CNADS)
“A média europeia de reciclagem é de 48% e em Portugal é de 30%” João Queiroz e Melo, vice-presidente do Conselho Português de Saúde e Ambiente (CPSA)
“Se investissem mais na prevenção, não estaríamos nesta situação” Pedro Serra Pinto, fundador e diretor executivo do Fórum Saúde XXI
“Temos que abanar a sociedade, mas acima de tudo precisamos de políticas que juntem saúde e ambiente” Francisco Ferreira, presidente da Zero, Associação Sistema Terrestre Sustentável
Pode rever a sessão na íntegra AQUI.
Acompanhe a próxima edição do Expresso, nas bancas esta sexta-feira, para saber mais sobre as conclusões deste trabalho científico.
Repensar a Saúde
O impacto das alterações climáticas na saúde dos portugueses esteve em destaque num evento organizado pela Medis. A conferência, à qual o Expresso se associou como media partner, serviu também para apresentar o estudo intitulado “Riscos climáticos e a saúde dos portugueses: futuro(s) por imaginar e construir”.
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