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Fintech portuguesa implementa sistema de compensação que potencia retenção de talentos

Inês Odila, country manager da Coverflex
Inês Odila, country manager da Coverflex
Inês Odila, c ountry manager da Coverflex, fala de “compensação” como palavra-chave na solução desenvolvida por esta fintech e que agrega salário, benefícios, seguros, subsídio de refeição e descontos exclusivos numa única app. A startup portuguesa integra o programa de aceleração da Visa
Fintech portuguesa implementa sistema de compensação que potencia retenção de talentos

Dora Troncão

Jornalista

A Coverflex, criada em 2019, é uma solução de compensação flexível que permite às empresas agregar a gestão das compensações para além do salário. Significa que o colaborador tem acesso a uma tecnologia, que consiste numa aplicação (app) em que consulta o saldo de benefícios e subsidio de alimentação, e ainda o histórico de quando e como o usou, seguindo a lógica da app de um banco, mas também é um cartão de débito da rede Visa. Permite às empresas reduzir custos e maximizar o potencial de rendimentos dos colaboradores.

Entre os vários ângulos de compensação está, desde logo, o cartão de refeição, mas também a secção com benefícios, que permitem obter uma otimização fiscal porque são isentos de IRS e segurança social, e para a empresa, possibilita poupar porque está isenta de TSU (Taxa Social Única). Integra o módulo budget que se aplica a situações em que a empresa quer, por exemplo, dar uma quantia ao colaborador para investir em saúde mental, exercício físico, terapia, desenvolvimento pessoal ou trabalhar remotamente, com a lógica de saber que tem esse valor alocado para usar durante um ano. Um quarto módulo está dedicado aos seguros. O colaborador tem acesso às apólices de seguro de saúde e de vida na plataforma e pode adicionar familiares ou cônjuge através do saldo de benefícios, um saldo que tem isenção de IRS e segurança social, portanto mais um aumento de liquidez para o colaborador, e ainda dá a possibilidade de fazer um upgrade, assim como subscrever um PPR diretamente na aplicação”.

Colaboradores mais envolvidos no processo de decisão

“Sabemos do alto impacto na retenção de talentos devido à Coverflex” porque “as empresas partilharam connosco que é frequente colaboradores receberem propostas de trabalho de empresas que não têm Coverflex, o que não lhes permitia a mesma poupança e, no fim das contas, preferem manter-se na empresa onde estão”, frisa Inês Odila. “Os colaboradores querem estar mais envolvidos no processo de decisão e, com a Coverflex, criámos a oportunidade de escolherem como usar o valor e otimizarem o salário”. O "recurso à tecnologia é uma forma de as empresas criarem mais incentivos para o colaborador, melhorar experiências digitais e comunicar necessidades”, mas também “reduzir a carga administrativa da empresa, por isso somos uma fintech a trabalhar muito para o que chamamos de HRtech, que é o mundo dos recursos humanos cada vez mais digital”. Atualmente, a Coverflex é usada por mais de 100 mil colaboradores de 5 mil empresas.

A Coverflex faz parte do trio de fintechs (empresas tecnológicas de serviços financeiros) selecionadas para a primeira edição do “Visa Innovation Program Europe” (VIPE) em Portugal, a que se juntam a Fraudio e Holywally, realizada em parceria com a Fintech Solutions e a Hackquarters. “Queremos ter 1 milhão de utilizadores até ao fim de 2025, por isso toda a ajuda é necessária e ficámos muito contentes por ter ganho este reconhecimento do Visa Innovation Program”, refere a responsável da startup portuguesa.

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