O antigo patrão da Nissan Carlos Ghosn e a fabricante japonesa de automóveis foram esta segunda-feira indiciados por má conduta financeira. A informação está a ser avançada pela imprensa nipónica.
Os procuradores de Tóquio acusaram Ghosn e a empresa de notificação insuficiente de rendimentos, de acordo com a emissora pública japonesa NHK e a agência de notícias privada Kyodo.
O ex-CEO da aliança de automóveis formada com a Renault e a Mitsubishi Motors é acusado de não informar as autoridades competentes sobre a receita de 38 milhões de euros na Nissan entre 2010 e 2015.
Os porta-vozes da Nissan e o Ministério Público japonês recusaram-se a comentar o caso.
A súbita queda de Ghosn começou quando foi preso na capital japonesa no mês passado. Desde então, foi demitido do cargo de presidente da Nissan e da Mitsubishi Motors e substituído temporariamente como chefe da Renault.
Ghosn ainda não respondeu publicamente às alegações.
Nissan acusou gestor de “má conduta” e de utilizar “dinheiro da empresa” em benefício pessoal
Na altura, a Nissan divulgou um comunicado em que afirmava que Ghosn “está sob investigação” por esconder o seu salário real e violar a lei fiscal do país. Durante “vários anos”, Ghosn e um outro diretor manipularam a contabilidade, escondendo os valores dos seus salários reais, acrescentava a nota.
A Nissan acusava então o gestor de “má conduta” e de ter utilizado “dinheiro da empresa” em benefício pessoal. A empresa acrescentava que “forneceu todas as informações” ao Ministério Público.
O gestor deixou funções executivas na Nissan em março, permanecendo como presidente da administração.
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