FB Instant Articles

Nissan e ex-patrão Carlos Ghosn indiciados por má conduta financeira durante cinco anos

Carlos Ghosn
Carlos Ghosn
Regis Duvignau/Reuters

O antigo CEO da aliança de automóveis que integra ainda a Renault e a Mitsubishi Motors é acusado de não informar as autoridades competentes sobre a receita de 38 milhões de euros na Nissan entre 2010 e 2015. A súbita queda de Ghosn começou quando foi preso na capital japonesa no mês passado

Nissan e ex-patrão Carlos Ghosn indiciados por má conduta financeira durante cinco anos

Hélder Gomes

Jornalista

O antigo patrão da Nissan Carlos Ghosn e a fabricante japonesa de automóveis foram esta segunda-feira indiciados por má conduta financeira. A informação está a ser avançada pela imprensa nipónica.

Os procuradores de Tóquio acusaram Ghosn e a empresa de notificação insuficiente de rendimentos, de acordo com a emissora pública japonesa NHK e a agência de notícias privada Kyodo.

O ex-CEO da aliança de automóveis formada com a Renault e a Mitsubishi Motors é acusado de não informar as autoridades competentes sobre a receita de 38 milhões de euros na Nissan entre 2010 e 2015.

Os porta-vozes da Nissan e o Ministério Público japonês recusaram-se a comentar o caso.

A súbita queda de Ghosn começou quando foi preso na capital japonesa no mês passado. Desde então, foi demitido do cargo de presidente da Nissan e da Mitsubishi Motors e substituído temporariamente como chefe da Renault.

Ghosn ainda não respondeu publicamente às alegações.

Nissan acusou gestor de “má conduta” e de utilizar “dinheiro da empresa” em benefício pessoal

Na altura, a Nissan divulgou um comunicado em que afirmava que Ghosn “está sob investigação” por esconder o seu salário real e violar a lei fiscal do país. Durante “vários anos”, Ghosn e um outro diretor manipularam a contabilidade, escondendo os valores dos seus salários reais, acrescentava a nota.

A Nissan acusava então o gestor de “má conduta” e de ter utilizado “dinheiro da empresa” em benefício pessoal. A empresa acrescentava que “forneceu todas as informações” ao Ministério Público.

O gestor deixou funções executivas na Nissan em março, permanecendo como presidente da administração.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: hgomes@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate