Matilde Campilho: “Gosto da relação com o senhor da banca de jornais”
"Sempre me ajudou muito ao meu trabalho saber as coisas claras, como elas são, para depois poder misturá-las com a ficção." À conversa com o Expresso, a escritora Matilde Campilho recorda como a experiência da leitura deve ser usufruída com tempo: "Quando se pega num jornal assim já se sabe que é para perder tempo com ele. Pode-se espalhá-lo na mesa"
Qual é a primeira memória do Expresso? Não chega bem a ser uma memória clara, mas é uma memória que me contaram: a minha mãe trabalhou como secretária no Expresso e isso coincidiu com o tempo em que eu estava dentro da barriga. E lembro-me de quando o jornal era quase maior do que eu. Hoje continua a ser muito grande e dá muito gozo de ler pelo tamanho que tem. Quando se pega num jornal assim já se sabe que é para perder tempo com ele. Pode-se espalhá-lo na mesa.
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Prefere o Expresso em papel ou digital? Sou muito do papel. Aliás, das coisas que me fez alguma confusão logo no princípio da pandemia foi saber se podia ou não sair para comprar o jornal. Rapidamente percebi que podia e que isso me fazia bem, não só à minha sanidade, o caminho até lá, como poder continuar a ter informação. Em jornais de fim de semana dá-me muito gozo o ritual de acordar ao sábado de manhã e dirigir-me ao sítio onde compro sempre os jornais.
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