Já presenciaste algum episódio de bullying na tua escola? Conheces alguém que esteja a passar por isso ou já sentiste atitudes agressivas por parte dos teus colegas? Sabes como agir? Tantas perguntas... Vamos às respostas
Diretora editorial Expressinho
O dia 24 de janeiro, na Escola Básica 2/3 Fragata do Tejo (Moita), ficou marcado por um episódio grave. Durante o recreio, um menino de 14 anos com autismo foi agredido por um colega de 15, que foi suspenso. A situação não foi impedida por nenhum adulto e os colegas ficaram a olhar e a filmar com o telemóvel.
Suspender o aluno agressor é uma consequência a curto-prazo, mas não resolve a situação. Qualquer pessoa pode ter um papel ativo para garantir que as escolas são um espaço seguro e onde todos nos sentimos bem física e psicologicamente.
De acordo com o Observatório Nacional do Bullying, as crianças do 1.º ciclo e as raparigas são quem mais sofre de bullying nas escolas. Esta plataforma de denúncia de casos de bullying recebeu 666 queixas em cinco anos, quase sempre entre colegas da mesma escola.
Entre 2020 e 2024, a média das idades das vítimas é 13 anos (59% raparigas). Já os agressores foram, a maior parte, rapazes (56%) também com uma média de 13 anos. Segundo o Observatório Nacional do Bullying, a maioria das situações ocorre presencialmente, mas 4,8% dos casos denunciados foram online.
É possível fazer uma denúncia AQUI.
- Se assistires a algum episódio de bullying na tua escola, defende a vítima e denuncia a situação a um professor.
- Ouve, de forma atenta, os teus colegas e amigos. Isso vai ajudar-te a entender experiências diferentes das tuas.
- Se vires alguém mais sozinho na escola, tenta incluí-lo no teu grupo.
- Piadas ou comentários podem fazer com que algumas pessoas se sintam mal. Caso uma afirmação te pareça errada, chama a atenção e cria espaço para conversar.
- Não tenhas medo de te expressar ou ser diferente. Os verdadeiros amigos vão continuar a aceitar-te.
- Fala aos teus professores sobre associações que vão à escola apresentar ferramentas para prevenir e para combater o bullying e o ciberbullying (tipo de bullying que acontece através da internet, redes sociais e outros meios digitais). A No Bully Portugal é uma delas.
- Conversa com os teus pais sobre apoiar instituições que promovam a igualdade, como a UNICEF, a APAV ou a Cruz Vermelha Portuguesa.
É um facto: somos todos diferentes! Por muitas semelhanças que existam entre duas pessoas, o aspeto, os gostos, as formas de falar e as opiniões nunca vão ser exatamente iguais.
Conhecer alguém é um processo maravilhoso, que nos leva a contactar com outras realidades. Aceitá-las é o primeiro passo para um relacionamento saudável e feliz!
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: expressinho@estrelaseouricos.pt
