A degradação da atual governação é uma evidência mesmo para o socialista mais empedernido. Talvez esteja na hora de se pensar num refrescamento. E isso pode significar a troca de líder do partido e a mudança de primeiro-ministro, sem que isso signifique a dissolução do Parlamento e a realização de eleições legislativas antecipadas
A assombrosa sucessão de casos envolvendo o Governo nos últimos meses, além de se tornar difícil de acompanhar, torna o exercício de governar o país cada vez mais difícil e coloca em cima da mesa um tema que se pode vir a tornar incontornável: será que António Costa ainda tem mão nisto e pulso para dar a volta à situação?
O ano de 2022 foi particularmente bizarro. Começou com as eleições antecipadas provocadas pelo fim definitivo da Geringonça. Seguiu com a obtenção de uma maioria absoluta no Parlamento pelo PS. Continuou com o regresso da guerra às fronteiras da Europa. E terminou com a terrível crise económica e social que o conflito entre Ucrânia e Rússia provocou à escala global.
No meio disto tudo, o novo Governo, de Costa, o terceiro que lidera, revelou-se o mais instável dos últimos anos.
Do fim do verão até ao dia presente, o descontrolo tem sido total.
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