Pedro Marques. Longe do ruído, ‘keep calm’ que a campanha é mais bolos

Pedro Marques encontrou o seu guião: assumir a diferença, afirmar-se pela diferença. É institucional, é técnico, é antifolclore. Se Paulo Rangel voa de helicóptero, Marques inspeciona fábricas de drones. Se Nuno Melo posa em tratores, Marques visita herdades e pergunta pelo eficiência do sistema de rega. Se Marisa Matias anda de comboio, Marques lembra como investiu nos comboios, mesmo reconhecendo que há muito por fazer. Se João Ferreira (e todos os outros) saem à rua, Marques toma um cafézinho na esplanada, visita uma exposição e ousa importunar umas dez pessoas antes de zarpar. É a pele do cabeça de lista do PS às europeias e ele não está disposto a despi-la. “Queremos fazer campanha pela positiva, sobre a Europa e para lá do ruído”, vai-se repetindo na na comitiva socialista, arriscando-se a tornar uma frase batida.

Pedro Marques é contido e sente-se confortável nesse registo. Até quando o potencial do momento promete mais: ao terceiro dia oficial de campanha, o socialista visitou a fábrica da Dan Cake, em Vila Franca de Xira, e Kantilal Jamnadas, presidente e fundador da empresa, recebeu-o, orgulhoso, mostrando a “bolacha com creme mais pequena do mundo”. O candidato provou, gostou (aparentemente), mas declinou experimentar mais. “Eu já provei as de chocolate, os outros têm de provar as outras.”

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