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Autárquicas 2021

Jerónimo: corrida controlada para final incerto

Recuperar as 10 câmaras perdidas nas últimas autárquicas parece missão impossível para Jerónimo de Sousa
Recuperar as 10 câmaras perdidas nas últimas autárquicas parece missão impossível para Jerónimo de Sousa

Jerónimo de Sousa fez campanha com mínimo histórico de contactos. Tudo vigiado e controlado. A prever o pior?

Desta vez não houve abraços rua abaixo, beijos à entrada de lojas ou apertos de mão vigorosos do velho operário, capaz de espalhar simpatia, mesmo nos terrenos mais difíceis. Jerónimo de Sousa entrou na campanha autárquica com as palavras e os movimentos limitados, teve o mínimo possível de contactos diretos, falou sempre para os mesmos do costume, os militantes da primeira hora, agora e como sempre, nas primeiras filas dos comícios.

Os nomes variavam, mas as cenas de campanha repetiram-se ipsis verbis. Podia estar no programa um “contacto com a população”, uma “sessão pública” ou “um comício”, mas, na verdade, era sempre o mesmo. Jerónimo chegava, acompanhado de muito perto por dois seguranças e fazia o trajeto mais curto possível, entre o carro e o palco improvisado. O cenário de fundo era sempre o mesmo a rodar pelo país, a mesma banda sonora, as mesmas cadeiras, as mesmas bandeiras. Jerónimo entrava em cena com a mesma “saudação calorosa e fraterna” a arrancar cada discurso, que terminava com o mesmo “viva a CDU” de punho erguido para depois sair também sempre rapidamente, com os seguranças a afastar os adeptos e a deixar o mínimo possível de gente a tirar fotos e selfies com o “querido camarada”.

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